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31/12/2008

Capítulo I - Fábio Jr. - O primeiro homem que me fez chorar

A primeira versão da novela Cabocla foi ao ar em 1979.
Nesta época eu tinha apenas 1 ano de idade, portanto só posso concluir que o meu grande sofrimento foi gerado por uma reprise da novela. Vale a pena ver de novo.
Eu tinha uns 4 ou 5 anos. Não sei bem.
Eu não costumava assistir novelas. Minha mãe não deixava. Permitia apenas que víssemos o primeiro e o último capítulo de cada novela.
Você deve estar pensando que, com 5 anos, isso até que é razoável.
O problema é que ela manteve esta regra até quase os 18.
Voltando ao Fábio Jr...
Ele e Glória Pires representavam o par romântico da novela Cabocla.
Como a reprise passava durante a tarde, eu não podia sentar para ver a novela inteira, mas sempre que a televisão estava ligada eu dava uma espiadinha, principalmente se o galã estive na tela.
Era apaixonada por ele.
Acontece que eu tenho poucas lembranças desta idade, mas me recordo nitidamente do dia em que Fábio Jr. e Glória Pires se casaram NA NOVELA.
Eu sei que nessa mesma época os dois também casaram na vida real. Mas só tomei conhecimento disso anos mais tarde.
Enfim, ao ver a cena do casamento da cabocla Zuca com Luis Jerônimo - o meu Luis Jerônimo - eu chorei tanto, mas tanto, tanto, que meus olhos incharam e a dor ficou gravada em minha memória até hoje.
Tudo, menos casar.
Eu já havia percebido o namorico dos dois na tela da TV. Mas daí à casar, é bem diferente.
Mas a história não acaba aqui.
Corri para o quarto e lá amarguei minha dor de cotovelo como uma adolescente precoce.
Todos da casa vieram me amparar.
Tentavam me consolar alegando que era "apenas novela". Mas da mesma forma que eu lembro do momento de dor ao assistir o casamento do Fábio Jr., lembro também das risadinhas falsamente contidas de meus familiares diante do meu sofrimento que, provavelmente, julgavam ridículo.
Lembrem que eu tinha entre 4 e 5 anos.
Passavem a mão em minha cabeça e, por cima, se entreolhavam achavam tudo engraçado.
Acho que foi essa lembrança que me fez começar a contar esta história aos quatro ventos.
Não admito virar piada pela boca dos outros!

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30/12/2008

Histórias que eu adoro contar - Introdução

Ainda não sei exatamente o que produz essa espécie de prazer que sinto ao narrar algumas histórias que já fazem parte do meu repertório de distrações.
Basta juntar uma rodinha de amigos e basta que haja um novato no grupo para que eu me anime em contar estes causos que por razões diversas me marcaram.
O melhor de tudo é que quanto mais vezes eu conto, mais me empolgo em contar e incremento minha performance com interpretações cada vez mais animadas.
O pior de tudo é que algumas pessoas já tiveram que ouvir tais histórias algumas dezenas de vezes e, por sorte ou o contrário (não vou arriscar terminar o ano escrevendo aquela palavrinha infeliz) nunca se manifestaram se isso lhes causa prazer ou tortura.
Mas no blog é diferente.
Você tem a opção de fechar a página se já conhece a história e está sem muito tempo ou, simplesmente cansado de ouví-la.
Lê quem quer.

Vou contá-las em capítulos.

O primeiro capítulo é...

FÁBIO JR. - O PRIMEIRO HOMEM QUE ME FEZ CHORAR.

Aguardem!

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27/12/2008

Tire a sua Fé do caminho que eu quero passar com a minha Razão

Juro que estou tentando não perder o respeito, não ferir o direito que cada um tem de manifestar sua fé, seja lá no que for.
Acontece que a crença alheia vale tanto quanto a minha descrença.
Num destes deboches da vida, a casa onde eu moro foi, aos poucos, sendo rodeada de igrejas.
Igrejas de todos os tamanhos, para todos os gostos.
Eu, como não gosto de nenhuma, fico aqui no meu cantinho e respeito os vizinhos fervorosos, portanto, exijo o mesmo respeito da parte deles.
Mas, olha que isso é difícil de acontecer.
Há alguns anos, uma destas igrejas tinha o infeliz costume de fazer uso de caixas de som para amplificar o volume das pregações. Até aí tudo bem. O problema é que as tais caixas ficavam voltadas para a rua. Isso mesmo, para a rua.
Quem queria ouvir lá as histórias de Cristo, ia até a igreja. Quem não queria mas, como eu, morava nos arredores da igreja... era obrigado a ouvir também.
Não tinha saída.
Nunca entendi por que faziam isso. Não favorecia a igreja em nada e desrespeitava aqueles que não partilhavam da mesma fé (ou de fé nenhuma).
Por sorte, alguma alma caridosa com certa influência no grupo rezador em questão acabou sendo iluminada com uma fagulha de razão e a turma aboliu as orações externas.
Agora que o Natal já passou (eu amo o Natal) e o reveillon está perto (e eu não vou para praia, portanto, mais uma vez, será quase como se o ano não virasse) acaba me batendo um banzo. Uma depressãozinha de nada.
Já não gosto muito desta semana entre as duas datas festivas, mas como o sol tem se feito presente e a piscininha de plástico da Ana tá cheia lá no jardim, eu acabou me contagiando com a empolgação das crianças e tenho gasto minhas tardes na árdua missão de me colorir um pouco de sol.
O ritual é sempre o mesmo.
Coloco o biquini, passo protetor solar no rosto, bezunto o resto do corpo de bronzeador, coloco os óculos escuros e, apenas por volta das 16:00h abro a cadeira de praia no jardim e torro por alguns minutos.
Tem rendido bons resultados, até.
Mas a sessão bronze não termina por aí.
Depois que a paciência termina e eu desisto do sol, levanto e vou tomar uma ducha relaxante para tirar o grude do bronzeador.
Foi exatamente nesta hora, a hora do banho, aliás, a sagrada hora do banho que eu tive que me submeter a mais uma manifestação de fé dos vizinhos crentes.
Lá se foi o meu momento de desconectar e deixar as energias boas fluirem pelo corpo enquanto os pensamentos negativos escoam pelo ralo.
Nem um caminhão pipa poderia dar conta de afastar de mim o estresse gerado por aquela gritaria de absurdos reliosos que teimam em pintar de cores sérias um disparate como o exorcismo.
Tá louco.
Se tinha algum diabo por lá, se eles conseguem realmente tirar do coro de um infeliz que se submete ao ridículo o tal capeta... então mandaram lá pro meu banheiro.
Olha que eu fiquei vermelha de raiva e quanto mais eles gritavam mais eu espumava.
Bom, só para mostrar que, mesmo com todas estas provações, eu sou uma pessoa do bem (independente do nome que se dê a ele), respirei fundo, contei até 1.000, xinguei de alguns nomes (mas em um tom baixo, nem ouviram) e resisti à tentação de descer até o estúdio do meu pai e esgaçar a Clara Nunes em um daqueles dançantes pontos de Umbanda.
Para não permitir que a falta de respeito dos moços de fé gere em mim um câncer, apenas vim desabafar aqui.
Obrigada.

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26/12/2008

Novo livro

Estou escrevendo um livro que pretendo lançar no dia 8 março.
Claro que esta já é uma pista sobre o tema.
Resolvi tornar isto público exatamente para receber cobranças e estímulos, pois não sou muito disciplinada e a realização de um livro exige dedicação extrema.
Pretendo aproveitar este período (curto, espero) de desemprego para materializar este sonho.
É mais uma das minhas muitas metas para 2009.

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23/12/2008

Tributo à Gauchada

Este é um assunto no qual venho pensando há um bom tempo.
Sou catarinense. Nasci em Laguna, moro em Capivari de Baixo, já morei em Florianópolis.
Sou sul-catarinense.
Quem é daqui sabe o que isto significa.
Mas, pra quem não é daqui, vou explicar.
Existe uma puta de uma rixa entre gaúchos e catarinas.
Uma rivalidade histórica que rende piadas de ambos os lados.
Por exemplo:
Nós, aqui em Santa Catarina, somos conhecidos pelo apelido de barriga-verde.
Basta haver um gaúcho por perto para que um catarinense engraçadinho pergunte "por que somos chamados de barriga-verde". E sorrindo responda ele mesmo, logo em seguida, que "é porque o gaúcho tem limo nas costas."
Mas o farroupilhas não deixam por menos. Comumente alegam que a heroína Anita Garibaldi ficou famosa por ser o único homem de Laguna (sua cidade natal).
E no meio dessa briga ridícula, eu cresci.
Tenho parentes que moram no Rio Grande do Sul, tanto por parte de pai quanto de mãe.
Nos adoramos todos, mas nem esta relação fraternal diminui o atrito entre a gente dos dois Estados.
Desde muito pequena ouço críticas aos gaúchos.
Porém, a medida que fui criando meu próprio juízo sobre as coisas, percebi que o Rio Grande do Sul é um Estado admirável. Percebi que é composto por um povo guerreiro, que não se conforma diante das adversidades e transformou a distância do resto do Brasil em atrativo turístico.
Percebi que, apesar de não possuir as mais belas praias deste vasto litoral com o qual fomos presenteados, transformou a Serra em um fenômeno de beleza e atrativos para todo o mundo.
Sou formada em Comunicação Social, mais precisamente em Jornalismo, mas cursei até a 5ª fase de Publicidade e Propaganda e logo no início do curso percebi que o Estado vizinho (abaixo) se destaca na área da comunicação. Nossas referências vêm de São Paulo, do Rio de Janeiro, da Bahia e... do Rio Grande do Sul.
Além disso, comecei o curso de Turismo. Foi aí que pude perceber a diferença entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul também nesta área. Enquanto nós recebemos de mãos beijadas um litoral deslumbrante, serras magníficas e fontes hidrotermais fantásticas, explorando tudo isso de forma desordenada e sem planejamento, o povo mais ao sul aproveita de maneira consciente suas fontes turísticas, potencializando as belezas naturais com investimentos profissionais neste setor.
Eu sei que a esta altura deve haver muita gente me xingando.
Desculpem, mas é o que eu penso.
Amo Gramado. Se pudesse escolher um lugar para viver sem me preocupar com o custo de vida ou interferir nas decisões daqueles me cercam e me são queridos, sem dúvida seria Gramado.
Por isso me revolto ao ver São Joaquim, que, para quem não conhece, é uma cidade super elegante, no alto da Serra do Rio do Rastro que, por sua vez, é um passeio daqueles de fazer perder a voz, e tem, ambos, um vasto potencial turístico mas não chegam nem perto, em investimentos, da Serra Gaúcha.
Mesmo aqui em Santa Catarina é comum visitarmos uma das muitas praias maravilhosas com as quais fomos abençoados e nos depararmos com um aconchegante restaurante, ou bar, ou hotel/pousada, destes que tornam inesquecível qualquer natureza privilegiada, que pertence a um visionário investidor... gaúcho.
Continuando, fiz até a 6ª fase do curso de Direito. Também lá o tal povinho sai sempre na frente e produz as decisões mais inusitadas que, apesar de muitas vezes chocarem no início, logo se revelam de bom senso e caráter humanitário.
Poderia escrever mais 1.000.0000 de linhas, mas o fato é que eu admiro muito os gaúchos.
Por suas lutas e suas conquistas, parabéns!

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22/12/2008

Nota de repúdio à VIVO

Já falei que eu amo o natal.
Amo o Papai Noel, as renas, os duendes, as pessoas sorridentes pelas ruas com as mãos cheias de sacolas de presentes. Amo o comércio aberto até mais tarde, as casas enfeitadas, os preparativos.
Nem me importo que tudo isso tenha o objetivo específico de estimular o consumismo. Nem me importo que a imagem do velhinho de barbas brancas e roupa vermelha seja fruto de uma campanha publicitária da Coca-Cola. Afinal, eu também amo Coca-Cola.
Tudo nesta época do ano me deixa feliz.

*****

Recebi um envelope da VIVO aqui em casa.
Dentro, um folheto explicativo de uma promoção que eu já havia visto na TV e em revistas.
Acontece que eu não sou muito ligada em celular. Tenho o meu aqui e uso apenas quando preciso.
Detesto falar ao telefone. Faço isso apenas diante de premente necessidade.
Pago um plano pós, mas o mais simples.
Ando pensando em mudar de atitude em relação a isso.
Por causa do blog, tenho estudado a possibilidade de investir em um i-phone.
Por enquanto, são apenas planos.
Mas o tal folheto promocional chegou aqui em casa e parecia tão simples.
Só ligar *9000 e se cadastrar gratuitamente.
Fácil fácil eu ganharia até 10x o número de minutos do meu plano para falar em ligação local com telefone VIVO durante 6 meses.
Ótimo.
Aqui em casa todo mundo é VIVO, o que torna a promoção bastante interessante.
Peguei meu celular, o panfleto e liguei.
Quase foi.
Na hora de cadastrar... CAIU!
Mas isso acontece nas melhores operadoras.
Liguei de novo.
Blábláblá tecle 2, blábláblá tecle 3.
CAIU de novo.
Já devia ter me irritado aí, mas, enfim.... é Natal.
Liguei de novo.
CAIU.
Liguei.
CAIU.
Liguei.
CAIU.
Já era uma questão de honra, então... liguei de novo.
CAIU de novo.
Me mandaram quinhentos números de protocolo por msn.
O que que eu faço com essas porras desses números?
Não dá pra acreditar, mas... eu liguei de novo.
CAIU. CAIU. CAIU.
Puta que pariu!!!!
Não tem espírito de Natal que resista a um inferno de operadora como esta.

*****

Comecei a minha campanha para passarmos todos os celulares aqui de casa para a CLARO.

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16/12/2008

Fim de ano

Fim de ano.
Eu adoro essa época do ano.
Acho que o ar tem um cheiro especial e os dias adquirem uma coloração levemente dourada.
As pessoas, em geral, ficam mais gentis.
Eu amo o natal.
E olha que eu nem me ligo no aspecto cristão da festa. É só uma questão de encerrar um ciclo e sentir a oportunidade de refazer escolhas, repensar decisões, redefinir objetivos.
Justamente por estes dias percebemos a chance de começar de novo.
Por sorte, nem tudo se perde em meados de janeiro.
Algumas resoluções permanecem por todo o ano seguinte. Por toda a vida.
Eu, particularmente, desejo algumas coisas especiais para 2009.
Coisas simples, como me acostumar a usar uma agenda... Manter o guarda-roupa organizado... Tratar o meu quarto com mais atenção e carinho...
Ah! E mudar a alimentação.
Não me preocupar mais com dietas, mas ter uma alimentação saudável, onde o que importa não são as calorias ingeridas, mas a qualidade de vida proporcionada.
Outro ponto importante, que tem prendido minha atenção neste fim de ano, é o blog.
Acho que preciso amadurecer este espaço e definir melhor seu perfil.
Enfim, que venha 2009.

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10/12/2008

Bloqueio criativo

Todo gênio passa por uma fase destas!

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17/11/2008

Orgulho

Era um menino normal (mas não comum), destes que gostam de correr, brincar, aprontar.
Principalmente aprontar.
Aprontava tanto, que foi parar em um colégio interno ainda pequenininho.
Talvez ele justifique esta atitude dos pais como demonstração de consciência da importância de uma boa educação, já que o tal internato era considerado o melhor colégio da região.
Sem dúvida era uma boa opção de ensino. Só questiono a precocidade do fato, apesar de suspeitar que a resposta fosse a preocupação do casal frente às vidraças de vizinhos quebradas pelo garoto e mais uma série de peraltices destas que as crianças de hoje, alienadas pelo computador, por sorte (ou azar) só conhecem mesmo graças às histórias dos avôs.
Ele se pendurava no trem que cortava a cidadezinha só para sentir a emoção de pular antes que o mesmo pegasse embalo suficiente para tornar a ação impossível de ser realizada.
Isso que era emoção.
Saia no domingo de manhã para ir à missa e, acompanhado sempre por sua turma (ou seria melhor dizer gangue?), desviava o caminho até a beira do rio, arrancava as roupas e se jogava nas águas traiçoeiras até que alguém gritasse que o pai já havia lhe descoberto e estava a caminho.
Isso que era aventura.
Enfim, mesmo admitindo que o internato dos padres da pequena São Ludgero tinha quase um caráter de FEBEM, pois a maioria dos meninos considerados "casos perdidos" acabava sendo enviada para lá pelas famílias desesperadas, faz questão de lembrar que todos eles, mais tarde, obtiveram êxito na vida, tornando-se profissionais respeitados, muitos até com grande destaque em suas áreas de atuação.
Também ele seguiu este caminho.
Apesar das dificuldades econômicas da família, formou-se Engenheiro Civil.
Hoje, o pequeno menino que se escondia embaixo da cama para escapar das surras do pai é homenageado pela AREA (Associação Regional de Engenheiros e Arquitetos) como o Profissional do Ano.
Eu, como filha, posso seguramente dizer:
Isso que é orgulho.

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13/11/2008

Cores



Tranquilamente se relaciona cores com sentimentos e emoções.
Já é amplamente aceito que as cores têm influências em nosso estado emocional, interferindo no comportamento de cada um.
A atração que sentimos por determinadas cores ajuda a identificar traços da nossa personalidade.
Qual a sua cor preferida?
É exatamente no momento de responder a esta pergunta que surge minha grande dúvida.
Não faço a menor idéia da minha cor preferida, pois acredito que a resposta se refere a uma preferência que, no mínimo, reflita uma determinada época de nossa vida, quando não, toda nossa existência.
Acontece que a minha preferência por essa ou aquela cor sofre alterações quase que diárias.
Gosto do rosa. Às vezes claro, antigo, discreto. Às vezes forte, choque, eletrizante, fluorescente.
Gosto do verde. Menos aquele mais cítrico.
Gosto do azul. De preferência o marinho (que até outro dia eu odiava). Jamais o clarinho (que eu gostava tanto que ainda anda pelas paredes do meu quarto).
Acho que não gosto do roxo, mas não tenho certeza, porque até ontem eu gostava.
Gosto do amarelo agora. Bem forte.
Gostava do marrom. Não gosto mais.
Também não gosto mais do cinza. E não sei o que dizer em relação ao bege (nude).
Troquei o preto, que eu amava, pelo branco, que eu amo agora.
Ainda não gosto do laranja mas, como ninguém é de ferro (e a moda não perdoa), já me afeiçoei ao coral.


***********

Será que eu não tenho personalidade?
Será que é só uma fase de confusão emocional?
Principalmente... Será que passa?

Fiz este teste das cores e gostei do resultado. Fechou comigo.

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10/11/2008

Pobres crianças

Por favor, digam se estou louca.
A Educação Infantil é uma área que, assim como a medicina, muda constantemente.
Teorias aceitas incondicionalmente caem por terra num piscar de olhos.
Aquilo que em um momento se entende como certo, passa a ser questionado no momento seguinte.
Práticas que integram o dia-a-dia dos pais e educadores há muito tempo, de repente perdem o valor ou, o que é pior, se tornam condenáveis.
Acho isso saudável, apesar de que, confesso, me guio mais pelo bom censo do que por teorias.
Exatamente por isso estou preocupada.
Prega o meu bom censo (pelo menos aquele que eu acredito que tenho) que crianças devem ir para escola para aprender coisas saudáveis. Coisas que venham a acrescentar em seu crescimento individual e social.
Devem ser estimuladas a desenvolver características positivas.
Aí que mora a minha dúvida!
Tem sido prática recorrente aqui na minha cidade, especialmente em um bairro, as crianças em idade escolar (principalmente na 4ª série, o que corresponde a, mais ou menos, 11 anos) serem levadas pelas professoras, com o auxílio da Polícia Militar, até uma rodovia movimentada que nos liga ao município vizinho para parar os carros que passam e pedir alguma contribuição, a fim de auxiliar na festa de formatura das mesmas.
Os carros passam devagar, param, as pessoas abrem os vidros sorridentes diante dos pequeninos e, geralmente, sacam alguma moedinha.
As crianças agradecem satisfeitas sob o olhar orgulhoso das educadoras.
Cristo!!!
Me desculpem por despir tal situação de qualquer graciosidade.
Mas a verdade é que nossas crianças estão aprendendo a pedir esmolas.
Eu não aceito.
E você?

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06/11/2008

Meu doce aquário

Como pode o peixe vivo viver fora da água fria?

...

Não sou destas pessoas que levam a interpretação de signos tão a sério.
Mas confesso que costumo considerar este fator na hora de analisar e avaliar alguém.
Por exemplo, dou desconto ao comportamento ciumento de uma amiga se eu sei que ela é do signo de escorpião. Faz parte.
Baixo a bola diante de um sagitariano. Melhor evitar o conflito.
Procuro não pisar na bola com um taurino.
E assim por diante.
Acontece que todas as minhas considerações astrais são fruto de convivência e observação.
Não leio sobre signos.
Não tenho paciência para isso.
Já confessei por aqui que sou do signo de peixes.
Sei que fica meio chato escrever isso, mas o tal ser aquático é, sem dúvida, o melhor de todos do zodíaco.
Sensível, amigo, de mente e coração abertos.
O único problema é que tamanha sensibilidade e a boa receptividade ao novo as vezes desbaratinam a cabeça do pobre pisciano.
Atordoados com tantas possibilidades neste mundo que se recicla a cada dia, pode ser que percamos o rumo.
E é por isso que eu digo que uma das melhores coisas que me aconteceu nesta vida foi encontrar meu aquário.
Um lugar seguro e confortável onde eu me desenvolvo. Cresço.
E o melhor de tudo nesta história é que eu não to falando de um aquário qualquer.

PASMEM!

To falando do Philippão.
Aquele ser que me atura há mais de 6 anos (inclusive nos períodos de TPM) e que eu já naum sei mais se chamo de namorado, noivo, marido, amor ou tampa da minha panela.
O dito cujo, além de ser lindo de morrer, educado e talentoso, ainda é aquariano.
Me achei.

Ainda bem que ele me achou também!



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27/10/2008

Quero ser Fernanda Young

Será que um dia eu vou crescer de verdade? Deixar de ser filhinha de papai e assumir as rédeas da minha vida de vez?
Bom, quando isso acontecer, quero ser igual à Fernanda Young.
Rebelde sem causa, mas com um puta talento que, somado à atitude de fazer acontecer, resulta em bolso cheio, admiração e, claro, a porra da inveja (porque o mundo não é perfeito e nem vai ser nunca).
Confesso que só li um único livro da referida moça. À sombra de vossas asas.
Na época achei meia-boca. Uma histórinha interessante, mas com uma narrativa sem nada de especial.
Também nunca tive paciência de assistir a mais de 5 minutos de Saia Justa.
E, ontem, finalmente, resolvi assistir ao Irritando Fernanda Young.
Acontece que a convidada era a Glória Maria e ela realmente ME IRRITA.
Então ficou pra próxima.
Para não dizer que eu não faço idéia de quem (ou do que) seja Fernanda Young, eu li a entrevista que ela deu às Páginas Amarelas da Revista Veja.
Não gostei muito não.
Fiquei com a impressão de que ela se esforçou para parecer mais fraca, mais simples, mais conformada do que quem eu imaginava que ela fosse.
Então por que que eu quero ser essa mulher, ô mula?!
Por que fazer sucesso podendo falar o que dá na telha e ser admirada por isso me parece ótimo.
Poder raspar a cabeça, fazer força pra ficar feia, depois resolver ficar bonita, conseguir aparecer sem cantar, rebolar ou mostrar a bunda, fazer cara de louca, chocar sendo natural, sem usar drogas, ser desbocada, falar todo tipo de bandalheira e, mesmo assim estar casada com um único homem a vida toda, xingar todo mundo sem parecer uma mal-amada (como o Prates ou o Mainardi), enfim, soltar os bichos e ainda fazer disso uma profissão (cada vez mais respeitada).
Pode apostar: eu quero ser a Fernanda Young!

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25/10/2008

Máquina de costura

A verdade é que meu lado peixe anda falando alto (gritando, para ser mais exata) e preciso urgentemente fazer algo que desenvolva a criatividade e a sensibilidade.
Daí que resolvi. Não vou pra 25 de março coisa nenhuma. Vou comprar uma máquina de costura.
Toda mulher que se preze deve ter uma máquina de costura em casa.
Poder colocar seu toque pessoal em roupas e acessórios é um prazer imensurável.
Dar asas à imaginação. Concretizar idéias.
Eu quero. Eu preciso.
Sinceramente... Eu preciso disto agora, neste momento da minha vida.
Então, semana que vem compro a máquina de costura, tiro umas fotos e mostro pra vocês.
Ah, ta! Já ia esquecendo... quando fui contar para o senhor sortudo que queria comprar uma máquina de costura, esperando mais uma bronca (daquelas tipo, mais uma coisa pra ficar encalhada), ele me surpreendeu com palavras de apoio.
Disse que é igual a caixa de ferramentas que ele está louco pra comprar. Todo homem precisa de uma!
Vê se pode?! Os anos passam... a tecnologia evolui... o homem descobre novos caminhos... mas no fundo, continuamos sonhando com uma máquina de costura casadinha com uma caixa de ferramentas.
A vida como ela é!

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22/10/2008

Badulaques

Como os mais chegados já sabem, a partir de dezembro eu faço parte do clube dos sem emprego.
É que eu sou assessora de imprensa da Câmara de Vereadores aqui de Gotham City e o meu vereador perdeu a eleição. Em outras palavras... RUA.
Mas, cada povo tem o governo que merece e eu não vou ficar falando sobre isso porque já foi bem assimilado e não penso mais sobre isto.
Penso apenas em pagar as contas. Na verdade, penso mesmo em como poder continuar fazendo contas, porque as que eu tenho vão só até dezembro mesmo (milagre), portanto serão devidamente pagas sem problemas.
Sinceramente, não pretendo continuar trabalhando no meio político.
Quero experiências novas. Mais ousadas.
Pensando um pouco sobre o assunto, dia desses, no banho, descobri que só agora me sinto profissionalmente madura.
Acho que utilizei os últimos anos para amadurecer emocionalmente.
Amadureci como mãe, como noiva, como filha e, pasmem! até como irmã eu amadureci bastante (descobri que amo de verdade a minha irmã que me infernizou durante anos, primeiro grudando no meu pé quando ainda era uma pirralha e queria me imitar e depois fazendo cara de desdém pras minhas aventuras etílicas e etc).
Mas, como uma boa filha mimada dos melhores pais do mundo, acabei saindo da faculdade sem dar muita importância às questões profissionais.
Comecei outra faculdade, me empolguei bastante com o curso de direito, fiz um estágio bem legal de quase um ano na Justiça Federal, recebi uma proposta pra voltar pro jornalismo como assessora de imprensa da Câmara Municipal, aceitei, larguei o curso de direito, por conta disto percebo olhares atravessados até hoje, aprendi bastante na Câmara (sobre o que fazer e, principalmente, sobre o que não fazer), conheci pessoas maravilhosas, conheci gente que não vale o que come, me decepcionei muito com uma pessoa que julguei errado, decepcionei outra pessoa que julguei mais errado ainda, aprendi que não se deve julgar ninguém, enfim... tô fechando um ciclo e me sinto prontíssima para começar outro.
Apenas tenho algumas dúvidas.
Por exemplo: devo ir para São Paulo fazer comprinhas na 25 de Março para vender às amigas e levantar uma graninha extra pro Natal ou isso não vale a pena?
Aceito sugestões! (Comente)

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Nada de ET

Prometi ali em baixo que voltaria no dia 17 de outubro para comentar a aparição dos ETs no hemisfério sul.
Os bichinhos não apareceram. Ou, pelo menos, eu não fiquei sabendo de ninguém que os tivesse visto.
Se alguém souber de algum relato sobre tal aparição, por favor, me comunique.
Caso contrário, não tenho muito o que comentar.
Só que a infeliz da vidente deu sorte de o céu ficar nublado a semana inteira, então ainda pode alegar que eles estavam lá, sobre as nuvens.
Mas, vamos combinar, assim não vale.

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20/10/2008

Bunda de Baiana

Eu sei que é feio falar assim. Preconceituoso.
Mas me sinto à vontade pra falar porque também "sofro deste mal".
Que mal?
Bunda grande, que eu carinhosamente chamo de bunda de baiana.
Me sinto mais à vontade ainda porque a inspiração para escrever sobre este assunto veio do meu caro amigo Gutemberg, mais conhecido como... Baiano.
Então, sexta-feira a noite, entre algumas (várias) fatias de pizza, como de costume, o papo fluia polemicamente ora sobre ETs, ora sobre política (desta vez conseguimos deixar os índios de fora).
Até que o Baiano nos vem com essa:
- O problema do Brasil é a bunda. É uma questão de centro gravitacional.
O brasileiro tem a bunda grande. Isso pesa. Faz força para traz e para baixo. então não tem como o país ir para frente.
Ao contrário dos americanos, que têm mais peito, portante já saem na frente.
*******
Ótimo, Baiano.
Adorei esta!

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16/10/2008

Baile de Debutantes

Pra quem já conhece o Projeto Cinderela, o Baile será no dia 31 de outubro.
Hoje é dia 16 de outubro.
Logo, não consigo (nem tenho tempo) para pensar em mais nada.
Só penso em ensaio de coreografia, ensaio de valsa, cabelo, maquiagem, prova de vestidos, convites, decoração de salão, padrinhos, coquetel, cerimonial, príncipes, exposição no shopping, questionário para apresentação... UFA!
E mais um monte de coisas que não lembro agora.
Então, ou eu aprendo a usar uma agenda e me organizo ou essa história não vai terminar bem.

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15/10/2008

Blog Action Day - Pobreza

No dia de hoje, 15 de outubro de 2008, blogueiros de todas as partes do mundo falarão “a mesma língua”, sobre o mesmo assunto, ao mesmo tempo.
Este é o Blog Action Day, uma ação que partiu da blogosfera e conquistou espaço na grande mídia.

A intenção do movimento é anualmente unir todos os blogs do planeta em um só objetivo: que cada blogueiro escreva sobre um tema comum a todos, pautado por um assunto de importância global visando alinhar "a conversa" da Blogosfera por pelo menos um dia.
Hoje os blogs participantes vão postar um texto, vídeo ou podcast sobre pobreza.
Os coordenadores do projeto pedem que os blogueiros continuem postando de acordo com o tópico do blog e de seu público-alvo, e que abordem o assunto de maneiras diferentes.

Fiquei sabendo desta ação através do blog Não Somos Apenas Rostinhos Bonitos. (inclusive copiei este texto explicativo de lá)

Como eu to sem tempo hoje, mas não quero deixar de participar de jeito nenhum, vou apenas linkar um texto que já escrevi há algum tempo - Proibido para quem tem classe (mas não tem alma) e, por falar em fome, remete ao assunto em questão.

Se eu conseguir chegar em casa cedo (pq hoje tem ensaio das Cinderelas para o Baile de Debutantes), prometo que escrevo mais alguma coisa, porque gostei muito dessa idéia de unir todo mundo em torno de um assunto comum.

Se você tem um Blog, um site, ou qualquer outro meio de comunicação, que tal entrar neste movimento?

Quem sabe podemos fazer um pouquinho para melhorar o nosso mundo?

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14/10/2008

OVNI em 14 de outubro de 2008

Por acaso alguém aí tá sabendo dessa conversa de que uma vidente australiana"canalizou" uma mensagem de uma "entidade" extraterrena que se autodenomina "Federação de Luz", anunciando uma visita dos E.T.s à Terra?
Bom, pra quem sabe, a tal vidente anda espalhando aos quatro ventos (quer dizer, a estas alturas, já andam espalhando por ela) que a tal entidade explicou que neste primeiro contato eles (os E.T.s) não iriam se comunicar diretamente com nenhum humano. Apenas permitiriam que sua nave espacial (não sei porque, mas me dá vontade de rir ao escrever isto) fosse avistada por nós.
Isto porque, segundo a tal Federação de Luz, nós não estamos, ainda, preparados para recebê-los, pois acreditamos que eles vêm ao nosso planeta destruí-lo, quando, na verdade (ainda segundo a Federação) eles estão vindo em missão de amor.
O fato é que já é quase dia 15 e, pra sorte da vidente (eu acho), o dia hoje esteve completamente nublado (pelo menos aqui pelas minhas bandas). Em outras palavras: ninguém viu nada.
Ah, tá! Já ia esquecendo. A espaçonave (:]) só poderia ser vista no Hemisfério Sul e ficaria em nosso dentro da nossa atmosfera por 3 dias.
Quer dizer que ainda faltam dois dias pra eu poder fazer piada dessa história.
Afinal, é melhor esperar... vai que aparece!
Então tá, né!
Dia 17 eu volto pra dizer o que eu penso disso.

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13/10/2008

Selinhos

Nem acredito!
Sonhei tanto com estes selinhos e hj eles chegaram todos de uma vez.
Agora to me sentindo realmente inserida na blogosfera.
Sem falar na alegria de ver relações com pessoas que eu nunca ouvi a voz se fortalecerem dia-a-dia.
Obrigada Janeisa.
Pode parecer pouco, mas pra mim, que esperei tanto por estes selos, é o sinal de reconhecimento que eu precisava para continuar estimulada a me aprimorar neste mundo dos blogs.
Eu sei que agora falta indicar novos blogs para ganharem os selos. Calma, já já eu faço isso com carinho.

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Esclarecimento

Só pra que as coisas fiquem mais claras...
Não acho que ter fé ou acreditar em uma divindade - ou várias - seja alguma doença.
Penso apenas que o fanatismo religioso, na forma em que se apresenta capaz de causar todo tipo de desentendimento, deve ser descoberto, em muitos casos (mas não em todos), como um distúrbio passível de tratamento clínico.
Acho que agora ficou melhor.

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10/10/2008

Futuro da religião

Eu sei que esta postagem vai gerar protestos.
To afim de escrever sobre isso a algum tempo. Mas ainda faltava coragem.
Acontece que a humanidade evolui constantemente. Há cada ano surgem novas descobertas, novas teorias em praticamente todos os campos da ciência.
Aquilo que se acreditava há alguns anos, já foi derrubado por novas pesquisas.
Por exemplo, em relação ao comportamento humano, atitudes consideradas anteriormente como "normais", como traços de personalidade, hoje já são vistas como distúrbios comportamentais.
Quero dizer é que antes a gente conhecia uma pessoa que sofria de alteração de humor constante e dizia simplesmente que a pessoa era "de lua". Hoje, estudos já comprovaram que em grande parte destes casos a pessoa sofre de um transtorno psicológico conhecido como "bipolar".
E aquela pessoa que sofria resignada as consequências das ditas fases da lua, agora vai ao médico, toma um remédio, faz uma terapia... e se adeqüa perfeitamente ao convívio social.
Tá. Você deve estar se perguntando onde está a polêmica em relação a este assunto.
Não está.
A polêmica vem agora.
Vou respirar fundo e depois escrever tudo de uma vez, em um só fôlego. Antes que a coragem desapareça.
Acredito que daqui há alguns anos a ciência vai comprovar que a relegião não passa de uma doença que atinge pessoas que por uma série de fatores se tornam vulneráveis e passam a acreditar em qualquer coisa que lhes dê alento pelo simples fato de uma anormalidade genética ou coisa do tipo.
Foi.
Desculpem pela falta de pontuação, mas é que saiu tudo em um fôlego só.

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05/10/2008

Anta

Gente... fui me meter a programadora e acabei fazendo uma bagunça danada no blog.
Sorte que consegui recuperar quase tudo.
Menos os arquivos com meus links.
Mas tudo bem. Já ando à caça deles novamente.

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02/10/2008

Daqui a pouco passa

Gente!! Calma, isso não é um blog de moda. Nem de longe eu tenho essa pretensão.
Continuo pensando em tudo, só que to empolgadinha com esse negócio de montar look.
E eu sou assim... um pouquinho compulsiva (?).
Deixa me divertir só mais um pouquinho que daqui a pouco passa e eu volto a escrever sobre tudo que pipoca na minha cabeça.

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Tatiiiiiii



A Tati é minha amiga adevogada (ow! To brincando! Eu sei que é advogada).
Precisa de uma roupa versátil, que vá da Câmara pro Fórum.
É chiquetosa e sempre arrasa no decotão.
Já que ela não foi a primeira, to compensando com um drink, um iPhone e uma lingerie (porque nunca se sabe, né).

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Presentinho pra animar a Sandra



Como eu não sou nenhuma profissional de moda nem entendo tão bem assim do assunto, não vou me meter a ficar dando dicas do que usar.
Deixo isso pra Mônica, do http://www.espacomome.blogspot.com/, porque ela faz isso muito bem.
Mas gostei da idéia de montar looks pra presentear as amigas.
Conhecendo bem a pessoa é mais fácil escolher as peças.
Juntar num só look aquilo que ela gosta, deseja e transmite.
Pra inaugurar essa brincadeira vou começar presenteando a Sandra, que é uma pessoa que vem se tornando especial pra mim a cada dia, além de ser alguém a quem eu devo um imenso pedido de desculpas.

Ah! Tati, calma aí que eu vou preparar um pra ti também!

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01/10/2008

Brinquedinho novo




Conheci essa brincadeira no blog Brasil do Bem, da Janeisa Tomás, e adorei.
Eu sei que tem gente que leva isso a sério, e eu admiro muito. Mas pra mim é só brincadeira mesmo.

http://www.brasildobem.blogspot.com

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Quase uma Gisele

Tava louca pra comprar uns vestidinhos.
No verão do ano passado eu tava meio fortinho (quase 10kg a mais), então não me animei de comprar muita coisa, principalmente vestidos.
Mas esse ano é diferente.
Fui pra loja toda animada, pronta pra torrar uns trocados em vestidinhos.
Fucei todas as araras e separei alguns modelos que me pareceram interessantes.
Nessa etapa aí eu já eliminei uma parcela razoável de vestidos, ou pelo comprimento ou pelo preço.
Enfim, lá fui eu pro provador.
Eis que me surge um novo problema.
Acabei de fazer 30 anos (mas, olhando, ninguém diz).
E esse é o problema.
Alguns modelos me deixaram com cara de senhora.
Sem chance.
Outros, não combinavam mais porque eram pra menininhas.
Resultado: saí da loja sem vestido e com a vontade de que a minha filhota (de 8 anos) faça logo uns 14, 15 anos.
E antes que alguém diga que uma coisa não tem nada à ver com a outra, eu já vou explicando:
Todas as mães (umas de forma mais consciente, outras menos) tentam realizar suas frustrações através dos filhos. Pior ainda se for filha.
Então, já tô imaginando a pequena de vestidinho da Colcci.
E não ria!

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30/09/2008

O País dos Sem Noção

Era uma vez, no País dos Sem Noção, uma princesa que morava num castelo cuja torre dava de fundos para a praça da igreja.
A bela princesa vivia feliz em seu mundo perfeito, tendo as noites como momento propício a assistir as mais fantásticas histórias (suas preferidas eram aquelas vulgarmente chamadas de reality shows).
Tudo ia bem, até que um dia surgiu uma bruxa que transformou as eleições políticas em guerra e, o que é pior, transformou a campanha eleitoral em piada.
Acontece que a maior movimentação de bobos da corte, OPS!, quero dizer, de candidatos, era justamente na praça da igreja (ao lado da torre, onde ficava o seu quarto) e, por isso, a pobre princesa não conseguia mais fazer nada além de ouvir a declaração de ignorância daqueles que se expunham em nome da democracia.
Apesar de que em terra de cego, quem tem um olho é rei, em terra de gente Sem Noção, quem tem bom senso é obrigado a ouvir besteira.
E foi assim que a princesa desistiu de encontrar lógica nas idéias dos homens (e mulheres) que viam na administração pública uma salvação para os seus problemas financeiros e sua falta de educação profissional.
Então ela começou a rir (por que chorar não adiantava nada).
Pediu desculpa aos deuses, pois o nome deles vinha sendo usado em vão.
E foi dormir... torcendo para que o dia das eleições chegasse e, pelo menos, diminuísse o barulho.

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29/09/2008

Imperdível

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26/09/2008

A natureza também erra

Tem gente que diz que a natureza é perfeita.
Eu discordo.
Por exemplo: tem gente que, por engano, nasce gente, mas devia ter nascido mosca.
Calma aí!
Não tô louca!
Sabe aquele tipo de gente que, como diria aquele sábio pensador do Humaitá que tem uma noiva inteligentíssima (e linda) (e simpática), só faz peso pra terra?
Então... é dessa turma mesmo que eu estou falando.
Gente que não acrescenta nada, que não produz nem raciocina.
Gente que vive só pra incomodar, mas nem isso faz direito.
Como mosca, fica aquele barulhinho chato no nosso ouvido, aquela coisinha ali passando pra um lado e pro outro. Tem hora que irrita, mas tem hora que a gente nem percebe.
Ô turma chata!

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24/09/2008

Mundo real

Comecei a me ligar em projetos sociais por causa da minha filha.
É simples.
Acredito que o mundo no qual ela viverá amanhã está sendo construído hoje.
Aí você pode me dizer que não entendeu, pois se ela já tem sete anos, porque estou falando sobre um "mundo no qual ela viverá amanhã"?
Acontece que hoje ela vive em um mundo perfeito que eu tenho o privilégio de poder lhe proporcionar. Mas amanhã este mundo será pequeno para ela, então ela irá buscar o seu espaço no tal mundo real.
Se hoje eu deixar as coisas como estão, ficar esperando pelos outros e entender que não tenho responsabilidade nenhuma em relação aos problemas sociais que nosso país enfrenta, amanhã pode ser tarde para fazer alguma coisa e contribuir para que a minha filha vida continue vivendo num mundo que valha a pena.
Então, como vocês podem ver, eu realmente não sou boazinha. Estou apenas pensando em mim.

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23/09/2008

Projeto Cinderela

Nem sei como ainda não escrevi várias páginas sobre esse projeto.
Acontece que o blog existe para que eu possa expressar aquilo que penso.
E, nos últimos tempos, não existe nada em que eu pense mais do que no Projeto Cinderela.
Já vou explicar.
O Projeto Cinderela é uma iniciativa do Rotary Club de Capivari de Baixo e da Associação das Senhoras de Rotarianos que tem por objetivo favorecer dez meninas (carentes) do município com uma série de ações.
A "cereja do bolo" deste projeto é um Baile de Debutantes, mas o recheio tem preocupações bem mais significativas. A idéia é oferecer uma série de cursos técnicos e encaminhar as meninas para uma profissão.
Acontece que eu fui presenteada pelo Rotary com a organização desse conto de fadas.
Tenho convivido com as Cinderelas e isto é realmente enriquecedor.
Uma bagagem profissional valiosa e uma experiência de vida gratificante.
Um projeto tão especial que merece um espaço próprio.
Para tanto, estamos criando o blog "Projeto Cinderela".
Acredito que a partir de amanhã todos possam participar dessa experiência através do endereço www.projetocinderela.blogspot.com

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22/09/2008

Quanto vale o meu voto?

A eleição está chegando e é impossível não sentir o clima de tensão no ar.
Claro que para um número imenso de pessoas o resultado das urnas não influencia em nada a rotina diária.
Pelo menos não influencia diretamente.
Mas quem não conhece aquele texto do poeta alemão Bertold Brecht sobre o analfabeto político?
Brecht analisa que da ignorância política alardeada por muitos com orgulho nasce a prostituta, o menor abandonado e, principalmente, o político corrupto.
Mesmo assim, ainda tem gente que negocia o voto por gasolina, remédio ou cesta básica.
O complicado é que o ato de escolher nossos representantes, por mais importante que seja, não é tão imprescindível quanto a necessidade de alimento ou remédio.
Mas tirando estes casos drásticos, que merecem uma análise mais apurada, o fato é que vivemos em um país com uma história relativamente recente de ditadura militar.
Um período no qual centenas de pessoas morreram em nome da liberdade.
Liberdade de expressar opiniões em todos os sentidos.
Centenas de pessoas morreram pelo meu direito de votar.
É por isso que eu teimo em dizer que O MEU VOTO NÃO TEM PREÇO.

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04/08/2008

A República em Laguna, Anita Garibaldi e Tiago Lacerda

O espetáculo A República em Laguna é a encenação de um fato histórico, ocorrido na litorânea cidade catarinense de Santo Antonio dos Anjos da Laguna, hoje, infelizmente, com o nome simplificado para Laguna, apenas.
A meu ver, com o enfoque equivocado.
Em Julho de 1839 os revolucionários Farrapos proclamaram, em Laguna, a República Juliana.
Davi Canabarro e outros, entre eles Giuseppe Garibaldi, anunciaram a independência do estado catarinense, sediando na cidade de Anita a nova república.
Em meio aos acontecimentos o exilado comandante italiano conheceu e se apaixonou por uma nativa conhecida por Aninha do Bentão.
A história de amor dos dois sobreviveu a derrota farroupilha e ainda a mais duas guerras.
Aninha tornou-se Anita Garibladi, heroína de dois mundos (ou três).
E há alguns anos estes fatos vêm sendo narrados por uma mistura de teatro, música e vídeo às margens da Lagoa de Santo Antonio.
Este ano o ator Tiago Lacerda foi contrado para interpretar o galante Garibaldi e, por conta disto, o povo lá de casa, motivado pela admiração que minha mãe nutre pelo "talento" do moço, foi, finalmente, assistir ao show.
Valeu a pena.
O ator global é realmente lindo. Carismático.
Mas o que me incomoda é o fato de sua beleza enfraquecer a relevância de uma acontecimento histórico da magnitude da tomada de Laguna.
Grande parte dos espectadores pagou ingresso e se espremeu naquela arquibancada maldita apenas para ver o galã.
Além disso, a história de amor interpretada por Tiago Lacerda e sua esposa, que descreve o caminho traçado pela aventureira Anita até sua morte na Itália também é linda.
Mas, novamente, o que me incomoda é que tal relacionamento suplante aquilo que deveria ser o mais importante para o povo de Laguna.
A República em Laguna é o verdadeiro acontecimento espetacular de tudo isto.
Anita Garibaldi, Giuseppe e Tiago Lacerda deveriam ser meros coadjuvantes de uma história que tem como protagonista a coragem de um povo a frente de seu tempo.
Que Laguna se orgulhe de receber um ator global é aceitável, afinal, é algo que não acontece todo dia.
Que se orgulhe de ser o berço (controverso) de uma guerreira que conquistou fama em outro continente é compreensível.
Mas que não se esqueça que aqueles que perderam a vida por seus ideais e alçaram o nome da cidade a um posto de destaque na história nacional devem ser a verdadeira razão de orgulho, acima de qualquer romance ou rosto bonito.

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09/07/2008

Tsuru

Tsuru é um origami.
Um pássaro feito através de dobradura.
Segundo a lenda japonesa, o pássaro vive 1.000 anos e se você fizer 1.000 pássaros mentalizando um desejo, ele se realizará.
Atualmente o Tsuru também é considerado um símbolo da paz.
A relação do pássaro com a paz começou depois da explosão da Bomba de Hiroxima.
As pessoas que se encontravam próximas ao local de explosão da Bomba morreram imediatamente, incineradas.
Porém, aquelas pessoas que estavam há alguns quilômetros de distância, a princípio não manifestaram nenhum sofrimento, mas foram contaminadas pela radiação e com o passar do tempo os sintomas começaram a aparecer.
Uma destas pessoas era a menina Sadako Sasaki, que na época da explosão tinha apenas 2 anos de idade. Aos 12 anos a doença de Sadako começou a se manifestar e ela foi hospitalizada, descobrindo que sofria de leucemia.
A menina, que conhecia a lenda das 1.000 dobraduras, passou os últimos dias de vida confeccionando os 1.000 Tsurus.
Infelizmente Sadako morreu, mas seus coleguinhas de escola, sensibilizados pela resignação da amiga, resolveram iniciar uma campanha para arrecadar fundos para a construção de um monumento em homenagem às vítimas da Bomba Atômica.
Conseguiram mobilizar mais de 3.000 escolas no Japão e 9 em outros países.
O dinheiro arrecadado foi suficiente para a construção do monumento que fica no Parque da Paz e é conhecido como "Monumento das Crianças pela Paz".
Tradicionalmente pessoas do mundo todo visitam o monumento e penduram ao seu redor vários Tsurus.
A inscrição "Este é o nosso grito. Esta é a nossa Prece. Construir a Paz no Mundo que é nosso" lembra a todos os visitantes que mais do que um ponto turístico aquele é um local de conscientização.
E eu, apesar de cultivar há muito tempo o hábito de dobrar qualquer pedacinho de papel até se transformar neste delicado pássaro que bate as asas, apenas agora entendi a história de dor e esperança que sustenta as dobras do papel.
Quanto a lenda, talvez alguns desejos não se realizem nem depois dos 1.000 Tsurus, mas acredito que qualquer coisa que seja elaborada com a mente voltada a um pensamento positivo produz energia positiva, coisa que nos dias de hoje (na verdade, em qualquer tempo) é sempre bem vinda.

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08/07/2008

Deus e o Diabo

A pequena Ana me perguntou ontem, na hora do almoço,entre uma garfada e outra, quem é Deus?
Tranquilamente conclui o caminho do garfo, o levei até a boca, mastiguei a comida, engoli e, tentando ser o mais natural possível, respondi.

- Bom, depende. Depende da religião que se tem.
- Como assim?
- Cada religião vê Deus de um jeito. Cada um vê como quer.
- ?
- Para alguns, Deus é a natureza.
- Então Deus é aquela árvore?
- É. Pode ser. Mais ou menos. É quem fez aquela árvore.
- Quem fez o rio também?
- É.
- Ah! Entendi. Deus é quem faz as coisas da natureza.
- Para algumas pessoas, sim.
- Então tu também és Deus, mamãe. Por que tu me fizeste.
- ~~~~! Sou. Acho que sou.

E experimenta dizer que eu não sou.
Todas as mães são Deusas.
Geram vida.
Todos os pais que se empenham na tarefa de ser pai são Deuses.
Geram um ambiente propício ao desenvolvimento de um ser.
Todas as esposas, namoradas, amantes são Deusas.
Geram uma história de amor.
Todos os professores conscientes de seu papel de educar são Deuses.
Geram a busca pelo saber.
Todas as cabeleireiras e manicures são Deusas.
Geram beleza. O que é fudamental.
Enfim. Cada um é Deus em seu universo.
E o Diabo é pegar uma coisa tão simples como esta e complicar.

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07/07/2008

A bondade que escraviza

Tenho pena dos bonzinhos!
Ser bonzinho é f...
Me assusta a facilidade com que algumas pessoas abrem mão de seus próprios interesses simplesmente para satisfazer a vontade alheia.
Não que você não possa fazer algo que não seja em benefício próprio.
Pode. E deve.
Mas somente quando não interferir, ou melhor, prejudicar o bom andamento da sua vida.
É louvável ajudar os outros.
Mas tenha sempre em mente que por mais que faça, nunca será suficiente.
Doar-se é um ato contínuo, incessante, que exige cada vez mais dedicação daquele que se propõe a desempenhá-lo.
O bonzinho é, acima de tudo, um incansável.
Não adianta nada fazer o melhor durante uma vida toda e depois negar algo uma única vez.
Vai tudo para o ralo.
A bondade é um sacerdócio que deve ser abraçado até o último dos dias, em todos os momentos, em qualquer situação.
Aqueles que recebem escravizam o bonzinho de forma que ele sempre esteja preparado para servir.
Existem verdadeiros profissionais na arte de explorar um bonzinho.
São vampiros que não se esforçam em buscar o próprio sucesso e estão sempre a caça de desculpas para o fracasso que vivenciam.
Têm no bonzinho a vítima perfeita.
Sugam o coitado durante anos a fio e, quando a exploração fica evidente e não podem mais continuar, inventam uma desculpa qualquer, normalmente com o pedido humilde de algo humanamente impossível mas que, ao ser negado, é o pretexto perfeito para afastar-se da vítima alegando falta de sensibilidade e compaixão.
Uma piada!
Nem preciso dizer que não tenho nada de boazinha, né.
Mas, quer saber, vivo feliz assim, longe dos sugadores e oportunistas.

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23/06/2008

Hera x Aracnea

Aranhas!
Se alguém tentar imaginar a cena, não vai conseguir.
Escrevi a maldita palavra ali de cima (a primeira deste texto) com os dedos contorcidos e agora me esforço para olhar a tela do computador e conferir a grafia correta da infeliz, mas no meio do caminho o olho trava sem conseguir alcançar o destinho final.
Meu Deus! É só uma palavra, vocês devem pensar.
Só uma palavra o caramba!
É um bicho pavoroso, com várias patas (não importa quantas) que se forem grossinhas então (encorpadinhas), piora tudo.
Segundo a mitologia grega, Aracnea era uma bela tecelã com habilidade impressionante.
Tal facilidade para a arte de tecer chegou aos ouvidos da deusa Hera (patrona das tecelãs) que, enciumada pela fama da moça, desafiou-a.
Hera propôs uma competição a Aracnea afim de concluir qual das duas realizaria o trabalho mais qualificado.
Após dias tecendo sem parar, Hera, ao perceber que a rival não manisfestava sinal de cansaço, pôs fim à empreitada e ordenou que juízes decidissem a quem pertencia a trama mais bem feita.
Qual não foi sua surpresa diante da afirmação de que o trançado da mortal era impecável. O mais perfeito visto até então.
A esposa de Zeus, num misto de inveja, vergonha e indignação, amaldiçoou a pobre Aracnea a passar o resto da eternidade tecendo. Dia após dia. Teia após teia.
Seus descendentes são os aracnídeos e a história, apesar de interessante, não diminui em nada o pânico que eu tenho detes monstrinhos.
Pronto! Os dedos já estão se contorcendo novamente.
Acho que narrei o mito grego apenas para poder escrever sobre minha maior fobia sem ter que pensar muito nela.
Ta bom! Foi uma fuga.
Quem achar que não valeu, que se manifeste.
Ah! Só para concluir, essa fobia não é minha não, tá. É daquela minha amiga. Aquela do namorado.
Não sou eu quem tem medo disso aí não. Eu nem ligo.

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20/06/2008

Dias melhores virão

Escrever é um ato de se entregar.
Expor seus pensamentos, sejam eles superficiais ou altamente reveladores.
Em momentos de profunda inspiração as palavras surgem quase que de forma espontânea, acomodam-se ao texto com naturalidade.
Porém, em momentos mais conturbados, as idéias não são tão claras e, às vezes, até se escondem dando a impressão de que nada existe para se dizer.
A experiência deste blog tem sido enriquecedora e gratificante.
Ser forçada a escrever todo dia, brincar de extrair graça dos fatos cotidianos, levar a mente a trabalhar coisas simples transformando-as em entretenimento para os amigos, receber diariamente o carinho destes, tocar a razão e a emoção até de gente desconhecida e, além de tantas outras coisas, descobrir que, apesar de ter passado um tempo com as idéias entorpecidas, ainda penso, são motivos para me deliciar com este espaço.
As pessoas que frequentam o blog são importantes para mim e por elas (vocês) tenho imenso respeito.
Desculpem por frustrá-los durante toda esta semana.
Prometo que semana que vem eu volto.

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14/06/2008

Viajando

Minha filha de 7 anos tem MSN.
Me pediu para fazer um Orkut também.
Mas este eu não permiti.
A vantagem do MSN é que ele não expõe. Só tem acesso quem é aceito. Se bem que o Orkut já tem dado alguns passos significativos nesta direção.
Mas, mesmo assim, ainda não considero apropriado para a idade dela.
Só que este não é o ponto que eu quero levantar.
Ao vê-la teclando em frente ao computador, conversando com amigos e familiares, fui levada a refletir sobre a mobilidade da língua portuguesa.
Mais do que nunca, entendi porque dizemos que é uma "língua viva".
Acontece comigo (e muito provavelmente com você) o fato de confundir a escrita formal com a linguagem que usamos na internet.
Em uma conversa virtual as letras dão lugar a agilidade e tudo acaba sendo abreviado. Somem os acentos e a pronúncia passa a ser muito mais valorizada que a gramática.
As regras dão lugar àquilo que realmente importa: a transmissão da mensagem.
Acontece que as horas que eu dedico a este tipo de diálogo interferem no meu desempenho gramatical extra MSN. Se o internetês não chega a prejudicar meu português é devido ao cuidado redobrado e à revisão contínua daquilo que escrevo.
Mas eu tenho 30 anos (muito bem conservados, diga-se de passagem) e apenas nos últimos destes passei a ter um contato frequente com este tipo de mídia enquanto que a Língua de Camões me tem sido ensinada desde as primeiras palavras.
A grafia correta de grande parte do nosso vocabulário já está impressa em minha memória há muito tempo. Se a substituo, quando posso, pela forma difundida entre os internautas é apenas por uma questão de comodidade.
Eu bem sei o correto.
Mas e estas crianças de 7 anos?
Aprendem de manhã conforme o tio Aurélio e depois, antes mesmo que possam absorver a lição, desaprendem com todos da sua lista de amigos.
O que me intriga nesta situação é imaginar como os pequenos lidarão com isto.
Será que conseguirão distinguir as situações e aplicar as palavras da maneira tradicional?
Ou transformarão a Língua Portuguesa com rapidez surpreendente?
Talvez propiciem uma alteração drástica que, sem a comunicação on line, naturalmente levaria centenas de anos para se concretizar.
Será que esta nova forma de comunicação afetará outras campos de nossa vida?
Cristo!
Fico pensando em tudo isso e tenho vontade de proibir que a minha filha use o MSN. E de pedir à professora que envie às outras mães um comunicado solicitando que façam o mesmo.
Besteira isso.
Então melhor não pensar.

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12/06/2008

O melhor namorado do mundo

As solteiras que me desculpem, mas namorado é fundamental.
Na verdade, nem todos.
Mas o meu, sem dúvida, é.
Não vou ficar aqui dizendo que ele é o melhor namorado do mundo, me entende (pelo menos tenta), respeita minha individualidade e me faz sentir a mulher mais especial da terra.
Não vou dizer nada disso.
Por que desse tipo de coisa não se faz propaganda.
É perigoso.
Mas, digamos assim, que eu tenho uma amiga que tem um namorado que é o máximo, é lindo, maravilhoso, fofo.
É alguém que se esforça para melhorar sempre o relacionamento.
Alguém que analisa as dificuldades da convivência a dois e considera os pontos em que precisa mudar ( é um homem, juro).
É meio estouradinho, mas depois que a poeira abaixa raciocina com clareza e toma as decisões mais sensatas.
Além de tudo isso ainda é extremamente talentoso e dedicado ao crescimento profissional (porque ninguém vive só de amor, né).
Aprendeu rapidinho a ser pai e hoje da conta do recado de forma surpreendente.
É sensível, carinhoso e meio desligado até, mas é só dar um toque que ele logo acorda pra vida.
É divertido, engraçado, as vezes até demais...
Ah! Para fechar com chave de ouro, ele ainda adora cinema (parece até o meu, mas não é não).
Olha, essa minha amiga tem muita sorte porque se esse não for o homem perfeito, mas ta no caminho, ta quase lá.
Ó! Eu to falando do namorado de uma amiga minha.
Não é o meu.
Não é mesmo.
Por que dessas coisas não se faz propaganda.

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11/06/2008

Respeitando decisões

Conheço um número razoável de casais que, embora formalmente juntos, dividindo o mesmo teto, já há algum tempo, não tem filhos.
Tem cachorro. Gato. Piriquito. Papagaio. Tartaruga. Tamaguchi.
Mas não tem filhos.
O pior não é isso.
Quando indagados sobre a data prevista para a chegada da cegonha, afirmam, um pouco tímidos, que ela não vem.
Como assim não vem?
Simplesmente não vem. Um homem e uma mulher, casados, com uma situação financeira estável... que não querem ter filhos.
Confesso que até eu reajo meio mal diante de tal revelação.
Saio logo alardeando sobre as maravilhas de ser mãe, sobre como uma criança enche a casa, como o amor que se sente por um filho é inexplicável e não pode ser comparado a nada neste mundo e mais um trilhão de justificativas que comprovem que a decisão deles está completamente equivocada.
Tudo besteira.
Desde quando duas pessoas não tem o direito de escolher se querem ou não ter filhos?
Desde quando elas são obrigadas a ficar ouvindo conversa fiada de quem tomou sua própria decisão, sem interferência de ninguém, e agora quer obrigar a todos que ajam da mesma forma?
O direito que cada um tem fazer suas próprias escolhas, inclusive quando se trata de ter ou não filhos, é sagrado. Deve ser respeitado acima de qualquer opinião.
Cabe somente ao casal esta decisão.
Apenas as duas pessoas diretamente envolvidas na história devem ser levadas em consideração e, de forma sensata, chegar a um consenso.
Que saco.
Por que uma mulher que, em pleno século XXI, trabalha, paga suas contas, tem uma ou duas faculdades, pós-graduação, mestrado, sonha com um doutorado em outro país, lava a louça, deixa o marido almoçar na casa da sogra (ou pegar marmita no restaurante da esquina), orienta a faxineira, mantem a casa limpa, permite que o marido jogue futebol ou saia com os amigos no mínimo uma vez por semana (nomáximo duas), realiza suas fantasias sexuais (pelo menos as mais acessíveis), e mais um monte de coisas que não to lembrando agora... ainda tem que se obrigar a ter filhos quando não apresenta a menor vontade de ser mãe, ou apenas não está bem certa sobre isso?
Não faz sentido.
Ser mãe, realmente é a melhor experiência do mundo.
Mas isso só funciona para quem, de fato, quer ser mãe.
Quem não quer, não quer e pronto.
Não tem nada de mais nisso. Nada de errado.
Pelo contrário.
É uma decisão muito inteligente e, levando em consideração a sociedade na qual estamos inseridos, que exige coragem para ser tomada.
Só vale a pena ter filhos se esta vontade estiver impressa em sua alma. Para colocar uma criança neste mundo é necessário entregar a vida a esta criança.
Quem não estiver disposto a fazer isto, que não faça.

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09/06/2008

Onde está a violência?

De início, fui a favor do desarmamento no Brasil quando levantada a questão.
Todos os argumentos contrários que me eram apresentados esbarravam no sonho de um país sem violência. Um país em paz.
Na época, acabei mudando de opinião apenas diante de dados comprovados de que desarmar o povo é uma das primeiras ações de regimes totalitários.
Tenho fobia de ditaduras.
Votei contra o desarmamento.
Assisti hoje, nauseada, a notícia do japonês que jogou o carro em cima de um grupo de transeuntes e, em seguida, com uma faca, atingiu mais quantos pôde.
No Japão existem duras leis que proíbem as pessoas de se armarem.
No entanto, o Jornal Nacional seguiu com a informação alertando que este é o terceiro ataque deste tipo (contra uma multidão), com faca e que o governo estuda a possibilidade de criar leis que dificultem o acesso a facas de grande porte.
Dá até vontade de rir.
O infeliz do japonês primeiro atingiu as pessoas com o carro.
Será que vão proibir também os nipônicos de fazerem uso de veículos motorizados?
O que é uma arma?
Quando um objeto pode ser considerado uma arma?
Na minha opinião, o que faz de um objeto uma arma é o fim com que é utilizado.
Não importa o material que o compõe, mas sim a intenção daquele que o emprega.
Voltando ao caso do jornal, penso que as autoridades daquele país não deveriam se preocupar com aquilo que os japoneses carregam, com as armas que eles têm.
Talvez os governos (de lá, daqui ou dacolá) se aproximassem da paz se voltassem a atenção às carências sociais, às necessidades básicas, aos anseios da população.

Acredito que a chave da violência não é a arma que um cidadão possue, mas exatamente aquilo que lhe falta.

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08/06/2008

A Sagrada Hora do Banho

Conheço os problemas do planeta, inclusive a escassez de água.
Educo a minha filha de forma ecologicamente consciente.
Em geral, evito o desperdício.
Mas, nem por isso, dispenso um bom banho quente e demorado.
Enquanto a tão preciosa água escoa pelo ralo, leva com ela, além das milhares de células dérmicas que constantemente se renovam, uma parte considerável de meus conflitos e anseios.
Tudo bem que a ciência recomende o banho rápido com água fria para melhor manutenção da camada de gordura que proteje a pele e que o efeito da mesma sobre os cabelos seja inegavelmente positivo.
Um longo e esfumacento banho lava a alma.
Debaixo da água quente eu penso melhor, com mais clareza, falo (ora sozinha, ora com personagens que representam desde as pessoas que me rodeiam até aquelas que detém poder para solucionar boa parte dos problemas do mundo), choro, sorrio, perdôo e me redimo.
É um erro. Eu sei.
Mas me faz tão bem.

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06/06/2008

Proibido para quem tem classe (mas não tem alma)

Puta que pariu!

(Se você é do tipo que se ofende com palavrões, melhor parar de ler AGORA. Pule para qualquer outro texto. Porque aqui vem chumbo grosso)

Porra caralho merda cacete buceta cú.
Chega de ser boazinha.
Chega de ter bons modos.
Chega de se preocupar com o que os outros vão pensar.
De medir as palavras.
De tentar fazer bonito.
Chega de intelectualidade.
De português adequado.
Chega dessa nóia de politicamente correto.
Chega!
Por que nada disso importa se ainda existem crianças que morrem de fome.

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05/06/2008

Carga Perigosa

Sabe aqueles caminhões que trazem em destaque a informação que seu conteúdo é "altamente inflamável"?
Acho que algumas pessoas deveriam ser obrigadas a pintar na testa (ou em algum outro lugar de grande visibilidade) que transportam uma personalidade "altamente irritável".
Trata-se de um tema de Saúde Pública. Não, talvez se relacione com a área de Educação. Não, não, sem dúvida é uma questão de Segurança (dos outros).
Preciso informar (apenas para aqueles que não me conhecem) que eu sou uma destas pessoas.
Exatamente por isso tenho autoridade para falar sobre o assunto.
Não é todo dia mas, com uma frequência razoável, carrego um humor volátil que se dissipa facilmente em contato com algumas substâncias.
Com o passar dos anos aprendi a identificar tais substâncias e procuro me manter afastada delas.
Por exemplo, a menos que eu tenha visto o passarinho verde, não chego perto (menos de dez metros de distância) de gente burra, invejosa, prepotente ou submissa.
São coisas que me fazem mal.
Mas a substância que causa em meu humor a pior de todas as reações é a hipocrisia.
Gente que defende valores que não pratica corrói a minha paciência.
Gente que julga os outros sem considerar suas próprias ações inflama minha ira.
Chegar perto de quem bate no peito afirmando ser aquilo que de fato não é... resulta em explosão, na certa!
Já experimente várias fómulas para controlar a minha indignação perante os portadores destas características, mas a única que se mostrou eficiente foi a distância.
Não precisa nem dizer que existe um fator que me torna ainda mais sensível a estas desprezíveis manifestações do caráter humano. A famigerada TPM.
Responsável por potencializar a minha impaciência, estas três letrinhas acabam sendo acusadas até pelos crimes que não cometeram. E isso me deixa ainda mais irritada do que qualquer outra coisa no mundo, pois não existe nada pior do que reclamar de uma situação que evidentemente se desenvolve da maneira errada e ser indagada se estou na TPM.
Só de pensar já me irrito.
Confesso que, em alguns momentos, ser desse jeito me causa transtorno. Mas, em geral, sou feliz assim. Tenho até orgulho do meu grau de indignação, pois graças a ele seleciono as pessoas que fazem parte do meu círculo de convívio de forma que contribuam para o meu crescimento emocional e acrescentem pontos positivos na minha história pessoal.
Por que do contrário, não vale a pena!

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03/06/2008

Saudade da Aline

Com essa história de divulgar o blog para os amigos do orkut acabei revendo muita gente.
A maioria é apenas mais um nome em uma lista.
Alguns são amigos queridos com os quais dividimos carinho mas não mantemos contato. Aí basta um fato novo para reascender a amizade.
Muitos são bastante próximos e participam pessoalmente de nossas experiências.
E, infelizmente, em minha lista ainda existe um nome que, apesar de ocupar hoje inultimente aquele espaço, representa uma amiga que guardo no coração.
Conheci a Aline em Laguna, vizinha da minha tia. Morava em uma casa grande e tinha uma família um pouco diferente dos padrões habituais.
No começo nos víamos apenas no verão. Temporada de praia.
Depois ela veio estudar em Tubarão e durante alguns anos frequentamos a mesma turma.
Apesar de nos darmos bem, nunca fomos grandes amigas.
Tínhamos personalidades conflitantes entre si, ambas éramos bastante convictas em nossas idéias e, como estas normalmente divergiam, não era muito comum andarmos juntas.
Ela era muito amiga da minha prima e isso era o que mais nos unia.
Enfim, crescemos e naturalmente seguimos caminhos distintos.
Perdemos completamente o contato.
Anos mais tarde (uns 5), graças ao orkut, reencontrei a Aline.
Trocamos msn e durante algum tempo conversamos diariamente.
Soube que ela estava morando em São Paulo, estava noiva e havia se formado em Letras.
Tinha morado um tempo na Alemanha e, por conta disso, trabalhava com tradução.
Ela me incentivou a fazer dieta e investir em uma vida menos sedentária.
Eu lhe passei o e-mail da minha prima (aquela da qual era muito amiga) e, também elas, através da internet, puderam reaver a amizade.
Já estava acostumada com seus comentários inteligentes e seu humor ácido quando ela sumiu.
Estava sempre offline.
Pensei que talvez tivesse mudado de emprego ou reorganizado os horários proporcionando nosso desencontro.
Também podia estar sem internet.
Senti sua falta, mas não me preocupei.
Conversando com a minha prima descobri que ela também não retornara mais seus e-mails.
Realmente, devia estar sem internet.
Alguns meses depois saí com a essa prima e mais alguns amigos para tomar um chopp e depois de algumas rodadas chegou ao local um primo da Aline. Como era conhecido do marido da minha prima, sentou-se com a gente.
Depois de jogarmos um tanto de conversa fora, resolvi indagá-lo sobre o paradeiro da Aline.
Onde ela andava e porque havia sumido da internet?
Ele ficou nos olhando (minha prima e eu) paralisado, perplexo.
Então contou que a Aline havia morrido há alguns meses.
Do coração. De repente. Ataque fulminante.
Ainda lembro daquele instante.
Ficamos completamente perdidas.
No começo, achamos que era uma brincadeira de péssimo gosto. Não podia ser verdade.
Aos poucos fomos organizando os pensamentos e, enquanto nossos olhos se enchiam de lágrimas, o afundamos em uma enchurrada de perguntas. Esperávamos ao menos uma resposta que conferisse sentido à notícia, mas esta resposta não veio.
Já faz quase dois anos mas, mesmo assim, ao lembrar da querida Aline, que ainda ilustra a minha lista de amigos do orkut, meu coração dói.
Como podemos encontrar uma pessoa e, da maneira mais banal do mundo, conversar diariamente com ela, dividir dúvidas, trocar conselhos sem imaginar que em um instante ela nos será furtada sem o menor aviso?
Quem não enlouqueceria ao considerar a realidade de que todos, todos, que fazem parte da nossa história, que em algum momento cruzam nosso caminho ou permanentemente andam ao nosso lado podem desaperecer em questão de segundos?
Existem outras pessoas que me foram caras e já faleceram.
Mas a partida da Aline, mesmo que nós não fôssemos tão íntimas, deixou uma saudade muito grande. Talvez porque a tivesse reencontrado a pouco tempo e, mais amadurecidas, nossas conversas me tenham feito perceber que podemos construir amizade mesmo em terrenos irregulares onde as opiniões são distintas e as experiências de vida, desiguais.

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02/06/2008

Anita Garibaldi

Me apaixonei por Anita logo que sofri uma grande decepção amorosa.
Saí de uma relação castradora onde meu universo era bastante resumido e as perspectivas ainda mais limitadas e conheci Anita, a Heroína de Dois Mundos.
Logo de cara me encantei com sua história.
Uma moça jovem que na pacata Laguna conhece um aventureiro libertário e ao seu lado revoluciona três países, em dois continentes.
Hoje, quase dez anos depois de conhecer suas aventuras, ainda admiro Anita.
Porém, ao me aprofundar no estudo dos fatos que marcaram sua trajetória, percebi que o que mais me instiga nesta personagem não são suas lutas, nem seu envolvimento político, ainda que estes acontecimentos fossem bastante inusitados para moças daquela época.
Se num momento mágico eu pudesse um dia me sentar diante de Anita (fosse neste mundo ou em qualquer outro) teria apenas uma pergunta para lhe fazer.
Não indagaria sobre a aventura de cruzar o oceano, aprender duas novas línguas, adaptar-se a costumes completamente estranhos, guerrear como homem e abandonar os próprios filhos enquanto a maioria das mulheres bordava pacientemente aguardando o retorno do companheiro.
Não lhe questionaria a sensação de morrer em fuga, ser enterrada como indigente, ter o corpo desenterrado várias vezes e, mesmo sem vida, desempenhar papel fundamental para a união de um país.
Lhe faria apenas uma pergunta.
Teria a menina simples de Laguna se aventurado por este mundo enfrentando toda a sorte de desafios por amor ao italiano ou teria ela amado o italiano exatamente porque ele (ao contrário de seus vizinhos pescadores) lhe proporcionava a chance de enfrentar os perigos do mundo, conhecer novos horizontes, ainda que nebulosos.
Ao contrário daquilo difundido por historiadores e admiradores de Anita eu realmente acredito que ela não se tornou heroína por amor (pelo menos não a Garibaldi).
Fosse ele um caixeiro viajante que, mesmo andando por vários lugares, a obrigasse a permanecer em casa educando os filhos e a aventureira o teria amado mesmo assim?
Acho que não.
Não que seu amor não fosse sincero.
Ele foi sim.
Mas esse amor ocorreu justamente porque aquele loiro de olhos azuis representava tudo que ela mais ansiava na vida: aventura.
Acho inclusive que qualquer um (fosse italiano, francês ou até mesmo argentino) que surgisse por aquelas paragens oferecendo àquela jovem, sedenta por novidade, uma perspectiva de vida mais agitada, teria arrebatado seu coração.
E foi assim que eu deixei de ver Anita como uma heroína romântica.
O que não a desmereceu em nada.

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30/05/2008

Desabafo de uma analfabeta numérica!

Os números e eu vivemos num clássico caso de incompatibilidade de gênios.
Isso para ser boazinha (to tentando).
Não falamos a mesma língua. Não nos entendemos.
Ta! Chega de ser boazinha!
Eu ODEIO os números.
Quero que sumam todos. Que vão pra PQP!
E que ninguém venha com essa conversa mole de que eles são importantes, que sem eles o mundo seria um caos.
Mentira!
Pouco significa quantas pessoas existem no mundo... a quantidade de comida que consomem...
Basta saber que existem pessoas, que elas pensam, sentem.
Basta saber que as pessoas comem e que, portanto, a comida é importante e o meio de onde provém deve ser preservado.
Pouco interessa o dia em que cada um nasceu.
Basta saber que nasceu. Tem vida. Com o tempo vai envelhecer e, mais cedo ou mais tarde, morre.
Qual a vantagem de saber em números quanto vale o trabalho de cada um, sua casa, o meio como se locomove, o quanto acumula?
Nenhuma.
Um mundo sem números seria um mundo sem dinheiro. O que, de quebra, resultaria no fim da maioria das guerras, da miséria e discriminação. Onde cada um é singular e todos juntos formam o plural. Só.
Quando Descartes eternizou que "penso, logo existo", ninguém se atreveu a corrigí-lo dizendo:
Conto, logo existo. Somo, logo existo. Calculo o logarítimo, logo existo.
É ridículo exatamente porque não importa.
Quem criou os números deve ter sido inspirado pelo capeta, que num momento de deboche resolveu complicar a vida dos homens.
Deus me livre dos números.
E chega!
Por que se continuar vou acabar escrevendo palavrões.

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Amigos que deixamos pelo caminho

Sou do tipo de pessoa que carrega apenas uma pequena mochila.
Não chego a ser tão leve ao ponto de satisfazer todas as minhas necessidades com uma simples bagagem de mão. Mas também não me encaixo no perfil daqueles que se sacrificam com o peso de uma grande mala.
Estes últimos, mesmo que andem um pouco mais devagar, cheguem um tanto mais cansados e precisem, às vezes, até fazer algum desvio, raramente são pegos desprevinidos. Ao chegarem em seu destino final, quase nada lhes falta.
Já os primeiros, não. Chegam logo onde queriam. Vão pelo caminho mais rápido, mesmo que isso signifique transpor um ou outro obstáculo e estão prontos para tudo, pois nada carregam que os impeça de alterar os planos, portanto, se não trazem uma bagagem apropriada ao novo destino, não se abalam porque para o antigo também estavam despreparados.
Eu me considero bastante prática. Preocupo-me em ter comigo tudo aquilo que julgo necessário. Apenas o necessário.
Suporto tranquilamente em minhas costas o peso da responsabilidade perante aqueles que eu amo. Suporto carregar toda experiência de vida, como um mapa, que me orienta o caminho evitando que ande em círculos e visite novamente erros antigos. Tenho um compartimento especial para o conhecimento obtido, que ainda não está devidamente organizado, confesso. Mas já estou providenciando isto, começando por descartar qualquer informação inútil.
Considero esta bagagem suficiente para mim.
A única coisa da qual sinto falta em alguns momentos é das pessoas que deixei pelo caminho.
Amigos que devido ao espaço que ocupam fui sutilmente descartando.
Também não sou do tipo de pessoa que depois que começa a andar não pára mais.
Adoro a viagem, mas me canso facilmente e, nessas horas, gosto de parar e me deitar recostando a cabeça em minha mochila, especialmente sobre as pessoas que amo.
Às vezes, entre a jornada e o descanso (fundamental para estabelescer criteriosamente os próximos passos), não encontro tempo para dar atenção aos amigos. E é assim, esquecendo deles em um canto qualquer, que mal percebo o momento que ficam para traz.
Hoje sinto falta destas peças que, com um pouquinho de apego formariam uma bela coleção.
Acho que voltarei alguns passos para juntá-los e cuidadosamente acomodá-los em minha mochila.
Mas apenas os verdadeiros, pois descobri que estes se ecaixam em qualquer cantinho.

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29/05/2008

Todos os homens traem?

Adoro criar teorias sobre comportamento humano.
Faço isso com base em observação e análise.
Os psicólogos que me perdoem (escrevo de coração, pois considero este tipo de comportamento um grande desrespeito profissional) mas, mesmo sem nenhum embasamento teórico, sou boa nisso.
Eu tenho o dom!
Não tenho certeza se ter nascido sob o signo de peixes tem alguma relevância sobre isso, afinal, piscianos são considerados bons observadores e ótimos conselheiros.
O fato é que, no que se refere a relacionamento afetivo, os ensinamentos mais importantes da minha vida, recebi ainda na adolescência.
São dois.
Um foi passado por uma prima, que logo em minhas primeiras experiências emocionais compartilhou comigo uma técnica, segundo ela infalível, para controlar o ciúme e, de quebra, a atenção do companheiro.
Tal técnica recomenda caprichar pra valer na produção, em outras palavras, sair de casa arrasando. Em momentos importantes (quando estamos acompanhadas e o ciúme, naturalmente aflora) tenha sempre à mão uma arma que lhe garanta a auto-estima. Como estamos falando sobre ciúme feminino e homens (geralmente), guarde sua inteligência para outra hora, ela é muito importante, claro, mas, neste caso, o ideal é que a arma em questão seja algo como um bom decote, uma mini saia, um salto alto ou qualquer coisa que valorize seus atributos físicos. CUIDADO: uma coisa de cada vez. Ninguém aqui pretende incentivar a prostituição.
A lógica desta técnica consiste em se achar o máximo, diminuindo assim as chances de uma crise de ciúme, que normalmente surge logo depois do mínimo sentimento de desvalorização e, principalmente, ocupar a atenção e preocupação do companheiro com os olhares alheios que você certamente irá atrair.
O segundo ensinamento é ainda mais simples.
Aprendi com uma colega de classe (no "terceirão") que a melhor fórmula para manter um homem fiel é esgotá-lo sexualmente.
Simples e eficiente.
Ambas as informações acolhi de bom grado.
Com o passar dos anos, aprimorei as técnicas e com os dados obtidos em campo teorizei as práticas.
Na verdade, desenterrei essas lembranças por que recebi hoje um e-mail, cuja autoria é atribuída ao polêmico Arnaldo Jabor.
Ainda relutando um pouco, sou obrigada a admitir: fantástico o e-mail!
O autor afirma que tudo o que nós, mulheres, acreditamos saber sobre os homens é mentira. E o que é pior, uma grande enganação criada por nós mesmas que, com o intúito de tornar a vida mais "cor de rosa" atribuímos sentido a qualquer devaneio que sinalize uma possibilidade de contato (de preferência, permanente) com o homem fiel.
De maneira cruel o autor do e-mail (seja ou não o Jabor) me fez avaliar que, talvez, este homem com o qual sonhamos seja, realmente, uma criatura mítica, tanto quanto o Papai Noel, Coelho da Páscoa, Fada do Dente, etc.
Será mesmo que nem uma mãe que eduque sua prole de forma consciente e coerente com as expectativas femininas, nem uma namorada que além de compartilhar interesses disponha de um corpo interessante e se preocupe em realizar os desejos e fantasias de um homem suplantam o instinto da traição?
Será que podemos sonhar com uma evolução da espécie, onde o hommo trairus transcende e se satisfaz com uma única fêmea?
Realmente não sei.
Preciso de um tempo para reorganizar as idéias e, sob uma nova ótica (mais realista), reavalir o comportamente dos espécimes em questão.

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28/05/2008

Padecendo no Paraíso

Nada neste mundo é mais prazeroso do que ser mãe.
Porém, existem pouquíssimas coisas na Terra mais cansativas do que ser mãe.
Pode até parecer estranho, conflitante, dizer algo assim. Mas só para quem não tem filhos ou, mesmo que os tenha, não pertença ao sexo ironicamente conhecido como frágil.
Todas as mães do mundo (pelo menos as que o são de fato, não apenas de nome) passam pela dificuldade de explicar, sorridentes, estranhas indagações infantis em momentos completamente inoportunos. Têm que aplaudir e pedir biz às mais estranhas apresentações artísticas dos despreparados fedelhos, o que é pior, em momentos nos quais dariam a vida por minutos de silêncio. Precisam conter ímpetos de desagrado, mesmo que na privacidade de seus lares, em nome da boa educação. Todas devem dar bons exemplos. Trocar as noites de diversão com amigos por fraldas e mamadeira. Assumir definitivamente responsabilidades que há muito vinham sendo adiadas. Sorrir mesmo com vontade de chorar. Conversar, passear e brincar mesmo querendo dormir.
Todas as mães pagam em vida os pecados do mundo.
Diante de tudo isso eu posso garantir que esta é a experiência mais maravilhosa do mundo.
A soma das horas de sono perdidas é paga com um único sorriso.
O som da voz de um filho descobrindo palavras (sejam as mais simples nos primeiros anos ou as mais elaboradas dali por diante) compensa todos os momentos de silêncio que, mesmo parecendo fundamentais em algumas ocasiões, nos foram furtados.
E por toda vida, um abraço de filho, um olhar de cumplicidade ou um gesto de admiração quita qualquer dívida remanescente.
Perceber um filho confiante em si mesmo vale o esforço de incentivar que ele continue cantando mesmo quando a cabeça dói e a vontade é gritar CHEEEEGAAAAA.
Talvez os filhos sejam os verdadeiros alquimistas ao transformar mulheres em mães.
E esta mágica, que inicia na gestação, dura por toda vida, pois a cada dia se aprende mais um pouquinho a ser mãe.

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27/05/2008

Amizade x Produtividade

Emprego novo, frio na barriga.
Deus queira que eu não faça amigas.
Sempre é bom encontrar pessoas com as quais se tenha um mínimo de afinidade, mas que fique por aí, no mínimo mesmo.
É impressionante como na mesma proporção que os laços de amizade vão se expandindo e, principalmente, se fortalecendo a pilha de serviços acumulados aumenta. A produtividade diminui a medida que os assuntos compartilhados crescem.
Nesta hora é fundamental definir prioridades. Quero ser a popular, abelha rainha, criatura sem a qual alguma amiga (ou até algumas) não conseguem ver graça no ambiente profissional?
Quero ser adorada e compreendida por aquelas com quem compartilho não só horas de serviço?
Ou quero ser respeitada e admirada por superiores que, ainda que não tenham noção da marca de xampu que melhor se adapta aos meus cabelos, reconhecem meus méritos profissionais e me confiam tarefas, ainda que jamais venham a me contar um único segredo?
Questão simples de responder, pois apesar de as primeiras indagações resultarem em benefícios afetivos, é a resposta positiva à última pergunta que representa uma promoção ou acréscimo salarial.
O complicado, neste caso, é implantar a decisão de substituir as conversas disfarçadas de cafezinho por mais momentos em frente ao computador, dialogando com planilhas e relatórios.
Confesso que admiro aquele grupo de mulheres (mutantes, claro) que não nutre curiosidade pela vida alheia (não que eu goste de fofoca, mas sou obcecada por histórias de vida), não se interessa pelo intercâmbio de informações acerca do desenvolvimento de filhos ou relacionamentos. Estas, profissionalmente, andam sempre um passo à frente.
O risco de me aprofundar nas amizades que fluem em ambiente de trabalho é imenso.
Como em qualquer amizade, posso acordar um belo dia e descobrir que aquela amiga confidente e conselheira não era exatamente a pessoa que eu imaginava mas, neste caso, com um agravante, pois não existe a opção de excluí-la do meu convívio. Ainda que decepcionada, precisarei compartilhar informações profissionais, dividir o mesmo elevador e, de preferência, gentilmente dizer bom dia, boa tarde, boa noite.
Além disso, ao colocar a amizade acima da produtividade abro mão de me destacar naqueles momentos em que somente os mais competitivos aparecem. E são muitos.
Enfim, nenhum problema em sair de uma empresa sem ter conhecido nenhuma "amiga de infância". Mais interessante que ter amigas chorando diante da perspectiva de uma troca de emprego é ter um chefe cobrindo propostas para que eu permaneça em seu círculo de funcionários
O importante para minha vida profissional é que aqueles que realmente importam se afeiçoem ao meu currículo.

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