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30/05/2008

Desabafo de uma analfabeta numérica!

Os números e eu vivemos num clássico caso de incompatibilidade de gênios.
Isso para ser boazinha (to tentando).
Não falamos a mesma língua. Não nos entendemos.
Ta! Chega de ser boazinha!
Eu ODEIO os números.
Quero que sumam todos. Que vão pra PQP!
E que ninguém venha com essa conversa mole de que eles são importantes, que sem eles o mundo seria um caos.
Mentira!
Pouco significa quantas pessoas existem no mundo... a quantidade de comida que consomem...
Basta saber que existem pessoas, que elas pensam, sentem.
Basta saber que as pessoas comem e que, portanto, a comida é importante e o meio de onde provém deve ser preservado.
Pouco interessa o dia em que cada um nasceu.
Basta saber que nasceu. Tem vida. Com o tempo vai envelhecer e, mais cedo ou mais tarde, morre.
Qual a vantagem de saber em números quanto vale o trabalho de cada um, sua casa, o meio como se locomove, o quanto acumula?
Nenhuma.
Um mundo sem números seria um mundo sem dinheiro. O que, de quebra, resultaria no fim da maioria das guerras, da miséria e discriminação. Onde cada um é singular e todos juntos formam o plural. Só.
Quando Descartes eternizou que "penso, logo existo", ninguém se atreveu a corrigí-lo dizendo:
Conto, logo existo. Somo, logo existo. Calculo o logarítimo, logo existo.
É ridículo exatamente porque não importa.
Quem criou os números deve ter sido inspirado pelo capeta, que num momento de deboche resolveu complicar a vida dos homens.
Deus me livre dos números.
E chega!
Por que se continuar vou acabar escrevendo palavrões.

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Amigos que deixamos pelo caminho

Sou do tipo de pessoa que carrega apenas uma pequena mochila.
Não chego a ser tão leve ao ponto de satisfazer todas as minhas necessidades com uma simples bagagem de mão. Mas também não me encaixo no perfil daqueles que se sacrificam com o peso de uma grande mala.
Estes últimos, mesmo que andem um pouco mais devagar, cheguem um tanto mais cansados e precisem, às vezes, até fazer algum desvio, raramente são pegos desprevinidos. Ao chegarem em seu destino final, quase nada lhes falta.
Já os primeiros, não. Chegam logo onde queriam. Vão pelo caminho mais rápido, mesmo que isso signifique transpor um ou outro obstáculo e estão prontos para tudo, pois nada carregam que os impeça de alterar os planos, portanto, se não trazem uma bagagem apropriada ao novo destino, não se abalam porque para o antigo também estavam despreparados.
Eu me considero bastante prática. Preocupo-me em ter comigo tudo aquilo que julgo necessário. Apenas o necessário.
Suporto tranquilamente em minhas costas o peso da responsabilidade perante aqueles que eu amo. Suporto carregar toda experiência de vida, como um mapa, que me orienta o caminho evitando que ande em círculos e visite novamente erros antigos. Tenho um compartimento especial para o conhecimento obtido, que ainda não está devidamente organizado, confesso. Mas já estou providenciando isto, começando por descartar qualquer informação inútil.
Considero esta bagagem suficiente para mim.
A única coisa da qual sinto falta em alguns momentos é das pessoas que deixei pelo caminho.
Amigos que devido ao espaço que ocupam fui sutilmente descartando.
Também não sou do tipo de pessoa que depois que começa a andar não pára mais.
Adoro a viagem, mas me canso facilmente e, nessas horas, gosto de parar e me deitar recostando a cabeça em minha mochila, especialmente sobre as pessoas que amo.
Às vezes, entre a jornada e o descanso (fundamental para estabelescer criteriosamente os próximos passos), não encontro tempo para dar atenção aos amigos. E é assim, esquecendo deles em um canto qualquer, que mal percebo o momento que ficam para traz.
Hoje sinto falta destas peças que, com um pouquinho de apego formariam uma bela coleção.
Acho que voltarei alguns passos para juntá-los e cuidadosamente acomodá-los em minha mochila.
Mas apenas os verdadeiros, pois descobri que estes se ecaixam em qualquer cantinho.

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29/05/2008

Todos os homens traem?

Adoro criar teorias sobre comportamento humano.
Faço isso com base em observação e análise.
Os psicólogos que me perdoem (escrevo de coração, pois considero este tipo de comportamento um grande desrespeito profissional) mas, mesmo sem nenhum embasamento teórico, sou boa nisso.
Eu tenho o dom!
Não tenho certeza se ter nascido sob o signo de peixes tem alguma relevância sobre isso, afinal, piscianos são considerados bons observadores e ótimos conselheiros.
O fato é que, no que se refere a relacionamento afetivo, os ensinamentos mais importantes da minha vida, recebi ainda na adolescência.
São dois.
Um foi passado por uma prima, que logo em minhas primeiras experiências emocionais compartilhou comigo uma técnica, segundo ela infalível, para controlar o ciúme e, de quebra, a atenção do companheiro.
Tal técnica recomenda caprichar pra valer na produção, em outras palavras, sair de casa arrasando. Em momentos importantes (quando estamos acompanhadas e o ciúme, naturalmente aflora) tenha sempre à mão uma arma que lhe garanta a auto-estima. Como estamos falando sobre ciúme feminino e homens (geralmente), guarde sua inteligência para outra hora, ela é muito importante, claro, mas, neste caso, o ideal é que a arma em questão seja algo como um bom decote, uma mini saia, um salto alto ou qualquer coisa que valorize seus atributos físicos. CUIDADO: uma coisa de cada vez. Ninguém aqui pretende incentivar a prostituição.
A lógica desta técnica consiste em se achar o máximo, diminuindo assim as chances de uma crise de ciúme, que normalmente surge logo depois do mínimo sentimento de desvalorização e, principalmente, ocupar a atenção e preocupação do companheiro com os olhares alheios que você certamente irá atrair.
O segundo ensinamento é ainda mais simples.
Aprendi com uma colega de classe (no "terceirão") que a melhor fórmula para manter um homem fiel é esgotá-lo sexualmente.
Simples e eficiente.
Ambas as informações acolhi de bom grado.
Com o passar dos anos, aprimorei as técnicas e com os dados obtidos em campo teorizei as práticas.
Na verdade, desenterrei essas lembranças por que recebi hoje um e-mail, cuja autoria é atribuída ao polêmico Arnaldo Jabor.
Ainda relutando um pouco, sou obrigada a admitir: fantástico o e-mail!
O autor afirma que tudo o que nós, mulheres, acreditamos saber sobre os homens é mentira. E o que é pior, uma grande enganação criada por nós mesmas que, com o intúito de tornar a vida mais "cor de rosa" atribuímos sentido a qualquer devaneio que sinalize uma possibilidade de contato (de preferência, permanente) com o homem fiel.
De maneira cruel o autor do e-mail (seja ou não o Jabor) me fez avaliar que, talvez, este homem com o qual sonhamos seja, realmente, uma criatura mítica, tanto quanto o Papai Noel, Coelho da Páscoa, Fada do Dente, etc.
Será mesmo que nem uma mãe que eduque sua prole de forma consciente e coerente com as expectativas femininas, nem uma namorada que além de compartilhar interesses disponha de um corpo interessante e se preocupe em realizar os desejos e fantasias de um homem suplantam o instinto da traição?
Será que podemos sonhar com uma evolução da espécie, onde o hommo trairus transcende e se satisfaz com uma única fêmea?
Realmente não sei.
Preciso de um tempo para reorganizar as idéias e, sob uma nova ótica (mais realista), reavalir o comportamente dos espécimes em questão.

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28/05/2008

Padecendo no Paraíso

Nada neste mundo é mais prazeroso do que ser mãe.
Porém, existem pouquíssimas coisas na Terra mais cansativas do que ser mãe.
Pode até parecer estranho, conflitante, dizer algo assim. Mas só para quem não tem filhos ou, mesmo que os tenha, não pertença ao sexo ironicamente conhecido como frágil.
Todas as mães do mundo (pelo menos as que o são de fato, não apenas de nome) passam pela dificuldade de explicar, sorridentes, estranhas indagações infantis em momentos completamente inoportunos. Têm que aplaudir e pedir biz às mais estranhas apresentações artísticas dos despreparados fedelhos, o que é pior, em momentos nos quais dariam a vida por minutos de silêncio. Precisam conter ímpetos de desagrado, mesmo que na privacidade de seus lares, em nome da boa educação. Todas devem dar bons exemplos. Trocar as noites de diversão com amigos por fraldas e mamadeira. Assumir definitivamente responsabilidades que há muito vinham sendo adiadas. Sorrir mesmo com vontade de chorar. Conversar, passear e brincar mesmo querendo dormir.
Todas as mães pagam em vida os pecados do mundo.
Diante de tudo isso eu posso garantir que esta é a experiência mais maravilhosa do mundo.
A soma das horas de sono perdidas é paga com um único sorriso.
O som da voz de um filho descobrindo palavras (sejam as mais simples nos primeiros anos ou as mais elaboradas dali por diante) compensa todos os momentos de silêncio que, mesmo parecendo fundamentais em algumas ocasiões, nos foram furtados.
E por toda vida, um abraço de filho, um olhar de cumplicidade ou um gesto de admiração quita qualquer dívida remanescente.
Perceber um filho confiante em si mesmo vale o esforço de incentivar que ele continue cantando mesmo quando a cabeça dói e a vontade é gritar CHEEEEGAAAAA.
Talvez os filhos sejam os verdadeiros alquimistas ao transformar mulheres em mães.
E esta mágica, que inicia na gestação, dura por toda vida, pois a cada dia se aprende mais um pouquinho a ser mãe.

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27/05/2008

Amizade x Produtividade

Emprego novo, frio na barriga.
Deus queira que eu não faça amigas.
Sempre é bom encontrar pessoas com as quais se tenha um mínimo de afinidade, mas que fique por aí, no mínimo mesmo.
É impressionante como na mesma proporção que os laços de amizade vão se expandindo e, principalmente, se fortalecendo a pilha de serviços acumulados aumenta. A produtividade diminui a medida que os assuntos compartilhados crescem.
Nesta hora é fundamental definir prioridades. Quero ser a popular, abelha rainha, criatura sem a qual alguma amiga (ou até algumas) não conseguem ver graça no ambiente profissional?
Quero ser adorada e compreendida por aquelas com quem compartilho não só horas de serviço?
Ou quero ser respeitada e admirada por superiores que, ainda que não tenham noção da marca de xampu que melhor se adapta aos meus cabelos, reconhecem meus méritos profissionais e me confiam tarefas, ainda que jamais venham a me contar um único segredo?
Questão simples de responder, pois apesar de as primeiras indagações resultarem em benefícios afetivos, é a resposta positiva à última pergunta que representa uma promoção ou acréscimo salarial.
O complicado, neste caso, é implantar a decisão de substituir as conversas disfarçadas de cafezinho por mais momentos em frente ao computador, dialogando com planilhas e relatórios.
Confesso que admiro aquele grupo de mulheres (mutantes, claro) que não nutre curiosidade pela vida alheia (não que eu goste de fofoca, mas sou obcecada por histórias de vida), não se interessa pelo intercâmbio de informações acerca do desenvolvimento de filhos ou relacionamentos. Estas, profissionalmente, andam sempre um passo à frente.
O risco de me aprofundar nas amizades que fluem em ambiente de trabalho é imenso.
Como em qualquer amizade, posso acordar um belo dia e descobrir que aquela amiga confidente e conselheira não era exatamente a pessoa que eu imaginava mas, neste caso, com um agravante, pois não existe a opção de excluí-la do meu convívio. Ainda que decepcionada, precisarei compartilhar informações profissionais, dividir o mesmo elevador e, de preferência, gentilmente dizer bom dia, boa tarde, boa noite.
Além disso, ao colocar a amizade acima da produtividade abro mão de me destacar naqueles momentos em que somente os mais competitivos aparecem. E são muitos.
Enfim, nenhum problema em sair de uma empresa sem ter conhecido nenhuma "amiga de infância". Mais interessante que ter amigas chorando diante da perspectiva de uma troca de emprego é ter um chefe cobrindo propostas para que eu permaneça em seu círculo de funcionários
O importante para minha vida profissional é que aqueles que realmente importam se afeiçoem ao meu currículo.

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