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22/09/2008

Quanto vale o meu voto?

A eleição está chegando e é impossível não sentir o clima de tensão no ar.
Claro que para um número imenso de pessoas o resultado das urnas não influencia em nada a rotina diária.
Pelo menos não influencia diretamente.
Mas quem não conhece aquele texto do poeta alemão Bertold Brecht sobre o analfabeto político?
Brecht analisa que da ignorância política alardeada por muitos com orgulho nasce a prostituta, o menor abandonado e, principalmente, o político corrupto.
Mesmo assim, ainda tem gente que negocia o voto por gasolina, remédio ou cesta básica.
O complicado é que o ato de escolher nossos representantes, por mais importante que seja, não é tão imprescindível quanto a necessidade de alimento ou remédio.
Mas tirando estes casos drásticos, que merecem uma análise mais apurada, o fato é que vivemos em um país com uma história relativamente recente de ditadura militar.
Um período no qual centenas de pessoas morreram em nome da liberdade.
Liberdade de expressar opiniões em todos os sentidos.
Centenas de pessoas morreram pelo meu direito de votar.
É por isso que eu teimo em dizer que O MEU VOTO NÃO TEM PREÇO.

1 pensamentos:

Guto Geraldes disse...

É Maitê, me importuna saber que eleição no Brasil é como futebol e nós, os eleitores, somos as torcidas organizadas. O brasileiro é um povo político, não politizado. Basta começar a campanha eleitoral e lá estamos nós, cegos, defendendo a uma ou outra legenda partidária. Não escutamos mais nada. Não há propostas. Não há razão. Não há agenda positiva que nos faça mudar de idéia. Quase nada muda a nossa idéia. É isto mesmo "quase" nada. Mas aí, aos "45" do segundo tempo, entra em campo o 12º jogador, o dinheiro. Ele entra em campo e faz toda a diferença. Muda resultados, compra juízes e até jogadores do time adversário e, nos acréscimos faz o gol da virada. Um casamento aqui, um favor ali, um tanque de gasolina acolá e pronto! Jogamos no lixo a história árdua, mas heróica daqueles que lutaram para nos dar o direito de votar, mas que nós como no futebol do final de semana, não assistimos nem ao primeiro terço do jogo, pois estamos bêbados. Bêbados da burrice coletiva, do analfabetismo político. Bêbados, talvez, de nós mesmos. Um beijo. Ótimo texto esse seu, é sempre um prazer vir aqui.

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