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23/01/2009

Diário da Campus Party - Sexta-feira (12:54)

Hum! Acho que isso já ta ficando chato, né!
Ninguém comentou os últimos posts.

Mas agora vou até o fim.
Calma que já termina amanhã.

Vou começar pela área de camping.
A noite foi tumultuada.
Dizem que rolou uma briga lá dentro.
Eu não vi, mas ouvi bastante barulho a noite toda.

Antes das 07:00h da manhã comecei a ouvir barulhos diferentes. O que antes era pura bagunça começou a ficar com cara de discussão.

Era só o que me faltava.

Os nerds, que pareciam inofensivos, rebelaram-se chamando a atenção dos seguranças.

E eu aqui no meio.
Quero ir pra casa.

Tirei o algodão do ouvido para tentar entender melhor o que estava acontecendo.

Só consegui ouvir a voz de uma guria prometendo que iriam parar, do segurança mandando alguém arrumar as coisas que iria embora e de um cara (provavelmente o provocador de todo aquele tumulto) falando, alterado, que pagou, que queria se divertir e não queria polícia.

Que merda!
Não dormi mais.

Pior que quando fui bater na barraca do Philippe acreditando que ele tinha ouvido tudo e ia me contar os detalhes... ele tava dormindo e não tinha nem ouvido o barraco.

Agora de manhã fiquei sabendo que um cara foi expulso porque tinha bebida na barraca.

Espero que essa noite seja mais tranquila.

Agora vamos ao que interessa.
10:00h assisti a uma palestra bem interessante sobre redação para blogs e otimização para ambientes de busca.
O cara reafirmou aquilo que eu tava conversando com o Philippe hoje mais cedo. Preciso definir uma identidade pro Penso em tudo.

Por sorte, acho que este retiro tecnológico está me iluminando nesta tarefa.
Já tenho uma idéia do que devo fazer, mas por enquanto é segredo.

Depois assisti à palestra sobre Blogs e Celebridades, com Rosana Hermann (Querido Leitor), Phelipe Cruz (Papel Pop), Samara Felippo (Quero ser Ninguém) Moderador: Nick Ellis (Digital Drops).
Ótima palestra.
Apesar do tema ser um pouco irrelevante pra mim, foi bem divertido.
Não gostava da Rosana Hermann e me surpreendi com ela. Inteligente, pensamento rápido, sarcástica na medida certa. Muito interessante.
A Samara Felippo também deixou uma imagem positiva. Super simples, normal, consciente da sua posição mas sem trejeitos de superstar.

Outra coisa. o Phlippe tá reclamando de um cheiro de sabonete barato no ar. Ele acha que foi a AXE, que tá aqui no evento, que distribuiu amostra de desodorante pro pessoal.
Pode ser.
Eu não to sentindo porque meu nariz ta entupido por causa da rinite que acabou de me atacar, então a teoria do Philippão faz todo o sentido.
Além do cheiro lamentável ainda atacou a minha rinite.
Ô porcaria!

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22/01/2009

Diário da Campus Party - Quinta-feira (23:05h)

Rebelião aqui na Campus Party.

Tinha uma bandinha lá no palco principal agora que, apesar de tocar muito mal, consegui mobilizar todo o pavilhão.

O pessoal não perdoou e mandou o cara embora. Foi uma gritaria só. Todo mundo em cima das cadeiras gritando FORA! FORA!

Cristo! Que medo!

Mas já passou. O cara foi embora e a gurizada, aos poucos, tá se acalmando.

Falta de educação?
Não sei. Talvez seja apenas liberdade de expressão e resultado da democracia.
A maioria não gostou, então cala a boca e vai pra casa.

Fora isso, tava comentando com o Philippe ainda pouco, todo mundo é muito da paz aqui. Não se vê briga.
Talvez a coisa não fosse bem assim se tivesse cerveja no meio, mas como aqui é proibido bebida alcoólica...
Tá certo que ontem a noite, na hora de entrar na barraca, senti um cheirinho de maconha, mas foi bem de leve, logo se diluiu.

Quanto às manifestações exaltadas dos nerds (geeks, pra ser mais moderna), o Philippe disse que é fruto de ficarem aqui trancados muito tempo.
A maioria tá aqui desde segunda-feira. E vai ficar até domingo.
Pode ser falta de mulher também (apesar que eu acho que eles estão acostumados com isso).
Precisa ver o desespero da homarada quando as Coelhinhas da Playboy (que estão aqui enfeitando o stand da Abril) saem para fazer um tour pelo pavilhão.
A galera anda atraz, de fila, babando literalmente.
Loucura.
E boa noite.

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Diário da Campus Party - Quinta-feira (19:52h)

Cá estou eu novamente.
Tentei assistir a uma palestra sobre Monetização e Programas Afiliados, mas não consegui ouvir nada.
Mais tarde, lá pelas 18:00h o tema era Relações Públicas e, como eu falei antes, fiquei bem curiosa.
Basicamente RP 2.0 é se voltar para a área digital. Mídias sociais.
Bem interessante, mas não é a minha praia.
Acho super interessante essa áera de Relações Públicas, só que o meu negócio mesmo é escrever.
Melhor manter o foco.

*********

Quanto ao Penso em Tudo, a primeira mudança será em relação aos comentários.
Irei respondê-los, todos, no próprio espaço destinado aos comentários. De preferência assim que forem enviados.

A importância disso, quem me ensinou foi a Amy Sutherland, autora do livro "O que a baleia Shamu me ensinou sobre vida, amor e casamento".
Mas depois falo mais sobre isto.

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Diário da Campus Party - Quinta-feira (17:43h)

Sem máquina fotográfica agora... Prefiro não falar sobre isso.
To achando as coisas meio chatinhas hoje.
Talvez seja saudade de casa. Talvez seja aflição por ter que passar mais uma noite (e não é a última) naquele colchão semi-inflado. Talvez a programação hoje não seja muito boa mesmo.
Comecei a assistir à uma palestra sobre blogosfera policial, com Alexandre de Sousa (Diário de um PM), Roger Franchini (Cult Cool Freak), Danillo Ferreira (Abordagem Policial) Moderador: Ian Black (Enloucrescendo), mas quando cheguei lá já tava na metade. E tava chato.

Mais tarde uma palestra bem interessante com a Raquel Recuero, sobre o que chamam de microblogs.

A moça, que é professora universitária, fez uma pesquisa sobre redes sociais, Twitter principalmente, e lavou a minha alma em relação aos comentários de uns e outros (traduza pra "Philippe") que pensam que é perda de tempo fazer parte da rede porque não tem nada de interessante em saber o que as pessoas estão fazendo.

Na verdade, foi constatado que, no Brasil, a grande maioria dos usuários da Twitter (algo em torno de 70%) o usa em busca de informação e não como canal de conversação.
Pra quem não conhece ainda, vale a dica, pois circula uma quantidade absurda de links que, muitas vezes se tornam úteis, principalmente pra quem trabalha com comunicação.

Mais tarde eu continuo, porque agora vai começar um painel sobre Relações Públicas 2.0, e eu to afim de saber o que é isso.

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Diário da Campus Party - Quinta-feira (12:33)

Putz!
Já passou do meio dia.
Nem acredito.
Sei lá, acho q toda essa tecnologia junta que tem aqui dentro acaba influenciando o tempo.
As horas passam mais rápido que de costume.
Tá bom que eu acordei tardinho. Umas 10:00h.
Mas daí até ser 12:35h... devia ter passado 2:35h não é?
Não sou muito boa em matemática, mas acho q ta certo e, fala sério, pela quantidade de coisas que tem pra fazer aqui e pela mixaria de coisas que eu fiz (nada)... acho que tem alguma coisa errada com o relógio.
Ou comigo. Suburbana habituada a um rítmo de vida calmo, sem correria.
A fila do pessoal que pagou o pacote de refeição e almoça no refeitório especial tá aqui atraz de mim.
Mas não preciso me preocupar. O meu ta lá garantidinho. Sou fina baby, pago os olhos da cara por cada refeição, mas como na hora que achar melhor.
Bom, vou contar como foi a noite.
Meu colchão não encheu direito, então dormi com a bunda encostando no chão.
Até sábado acho que volto pra casa numa cadeira de rodas. Não tem coluna que aguente.
Custei pra pegar no sono, mesmo estando desesperadamente cansada.
Mas depois foi tranquilo. Acordei algumas vezes durante a noite, mas nenhum sinal de insônia.
Acordei e fui tomar um banho.
Água meio friazinha.
Mas tudo bem.
Depois troxemos os computadores para arena, percebi que tava rolando alguma coisa na áera de blogs e fui la dar uma olhada.
Era sobre blogs policiais.
Não me prendeu não.

Meu Deus! Tem muita coisa pra fazer aqui. Muita coisa acontecendo ao mesmo tempo.
E o fato de você não conseguir acompanhar tudo que acontece gera uma frustração horrível.

Ainda não participei de nada na área de inclusão digital. É uma pena.
Vou procurar hoje.

O mais importante de tudo isso é que reforçou a certeza de que preciso fazer mudanças no blog.
Ainda não sei direito quais mudanças, mas espero defini-las até sábado.

Daqui a pouco eu volto.

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Diário da Campus Party - Quinta-feira (00:20h)

Então, eu vim.

O dia foi uma loucura. Começando com a noite mal dormida no ônibus (Philippão roncou a noite inteira e ainda teve a coragem de acordar quando estávamos chegando e dizer que não conseguiu dormir), mas isso não foi nada perto do pavor de chegar em São Paulo. É gente, eu sou caipira mesmo. Morro de medo de cidade grande. Principalmente essa aqui.

Quando o ônibus entrou na cidade eu já arregalei os olhinhos e fiquei pregada na janela (06:00h da manhã).

Não sei se você tem medo de pitbull. Eu tenho. E foi esse medo que senti quando tava entrando em São Paulo. Sempre sinto esse medão quando venho pra cá (e só venho se precisar mesmo), mas dessa vez foi um pouquinho pior porque o meu guia habitual (meu pai) não veio junto. Só eu e Philippão mesmo. Então são dois caipiras na cidade grande.



Descemos na Rodoviária e o itinerário era muito simples. Pegar o metrô e só descer na estação Jabaquara, a última da linha.

Mãnheeee! Quero voltar pra casa.

Enfim, deu tudo certo no metrô. Ficava lembrando da Jodie Foster em "Valente". Alguém viu? Eu achei forçado, mas outra hora a gente conversa.

Tá. Na estação Jabaquara era pra ter uma Van que levaria o pessoal gratuitamente até o Centro de Exposições Imigrantes, local da Campus Party.

Era para ter.

Mas isso pras pessoas normais, que chegam nos locais em horários razoáveis. Não as 07:00h.

Claro que eu não ia ficar parada bem no meio da selva esperando a tal da Van.

Como dizia o meu nôno, "mais vale um gosto que um vintém".

Imagina, então, quanto que vale a minha vida.

TÁXIIII!

UFA! Chegamos!

Nos credenciamos, pegamos as barracas e fomos montá-las.

A áera de camping já estava lotadassa, mas deu pra achar dois cantinhos.

Depois de montar as barracas... novo problema.

Não tem tomada na área das barracas e o meu colchão inflável funciona com uma bombinha elétrica. (Sei lá se é assim que se fala, mas precisa de tomada pra encher o colchão)

Lá foi Philippão carregar o colchão nas costas até achar uma tomada.

Terminamos de montar tudo lá pelas 10:00h da manhã.

Aí fomos comer alguma coisa (porque eu não sou o Chuck Norris. Sou uma lady e desmaio se não fizer o desjejum).

Depois disso foi uma correria só.

Assisti a um milhão de palestras.

Mídias Sociais nas Corporações com Roberto Machado (DoceShop), Oswaldo Gouvêa de Oliveira Neto (Peabirus), Stelleo Tolda (Mercado Livre) e Marcelo Vitorino (Amélias) Moderador: Fábio Seixas (Camiseteria).

Boa palestra... mas agora tá batucando um som altíssimo aqui e eu não consigo mais atinar direito o que que os caras falaram mesmo.

Engraçado, olhando na agenda do evento parece que tem bastante tempo entre as palestras, mas eu não consegui fazer nada.

Terminou essa aí, comprei um lanche pra gente enquanto o pobre do meu noivo se matava de trabalhar em plena Campus Party e... quando eu vi já estáva começando outra palestra: A construção da reputação, dos públicos e da moral blogueira, com Fábio Malini (UFES).

Não gostei muito não. Me pareceu um acadêmico fora da realidade.

Quando eu pensei que ia pensar em alguma coisa pro Penso em tudo... zupt :)

Já estáva começando outra.

Fui morrendo de pena de deixar o Philippe ali trabalhando, mas fui.

Uso de Mídias Sociais na Publicidade, com Marcelo Tripoli (iThink), Lucas Mello (LiveAD), Mentor Muniz Neto (Bullet), Gustavo Fortes (Espalhe) Moderador: Carlos Merigo (Brainstorm#9).

O que mais me surpreendeu foi o tal do Carlos Merigo. O cara tem um puta blog, visitado por todo mundo que se interessa por publicidade e... é um gurizão.

Isso só reforça minha teoria de que as pessoas que estão construindo esse universo de blogs e afins são muito novas, gente normal, só que mete a cara e se dedica àquilo que acredita.

Depois fui correndo lá assistir ao Lobão.

Perda de tempo.

Não gostei.

Acabou deturpando a participação do pessoal que tava fazendo perguntas através de SMS.

Era pra falar sobre mobilização social mas descambou pro problema dele com as gravadoras.

Levantei e fui embora.




mas pelo jeito o Philippe curtiu :)

Deu tempo de assistir à palestra sobre Mídias Sociais nas Eleições, com Rogério Bonfim (VirtualNet - desenvolvedora das apps do Google Eleições 2008), Juliano Spyer (coordenou a campanha em mídias sociais do prefeito reeleito de São Paulo Gilberto Kassab), Soninha Francine (ex-vereadora e ex-candidata à Prefeitura em São Paulo) Moderador: Julio Daio Borges (Digestivo Cultural)

Acontece que a Soninha não apareceu. Que pena!

E a campanha do Kassab é completamente fora da minha realidade, então a palestra não me prendeu.

Só então (já era umas 18:00h) conseguimos dar uma volta pelo evento. Pra conhecer mesmo.


aranhinha robô




Depois disso ainda assisti uma palestra na Rádio CBN, com Milton Jung falando sobre o futuro do rádio e a internet como ferramenta que auxilia nesse processo.

Muito boa.



Depois desta palestra ainda assisti com o Philippe a uma sobre Como entrar no competitivo mercado de games, mas viajei.



Não entendi nada. Nem ouvi direito, porque além do som estar muito ruim eu já estava com muito sono.

Pensa que acabou?

Lá pelas 10:00h da noite começou a apresentação de música e dança de um grupo de samba de bumbo (acho que é isso).

Show.


Depois de algumas músicas eles se despediram (por mim ficava ouvindo a noite toda) e entrou no palco uma banda que até fazia um som legalzinho (tipo Dazaranha), mas o vocalista era um loiro magrelo que subiu no palco de máscara de gato e sem camisa, requebrando como o Ney Matogrosso (que eu adoro). Pára, né.

Mas o Philippe ainda queria participar de uma oficina que só ia começar à meia noite.

e agora ele tá lá e eu to aqui escrevendo, passando minhas impressões pra quem tiver paciência de ler e morrendo de medo de ir pra barraca e não conseguir dormir por causa da barulheira.

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12/01/2009

Blogando

Como todos sabem, tenho me apaixonado, cada dia mais, por esta história de blogar.
Acabei descobrindo o twitter também, e lá encontrei um monte de gente interessante que apresenta uma avalanche de informação.
O Sérgio Amadeu, por exemplo, apresentou uma lista resumida daquilo pode vir a ser a base de uma legislação específica sobre direitos de blogueiros.

DIREITOS DOS BLOGUEIROS

1) Você tem o direito de blogar anonimamente.
2) Você tem o direito de manter confidenciais as suas fontes de informação.
3) Você tem o direito de fazer uso justo de obras cerceadas pelo copyright.
4) Você tem o direito de permitir os comentários de seus leitores, sem que seja responsabilizado por eles.
5) Você tem o direito blogar livremente sobre Eleições.
6) Você tem o direito de blogar sobre o seu local de trabalho.
7) Você tem o direito de acesso como Mídia, de freqüentar eventos públicos com os mesmos direitos que os principais meios de comunicação social.

Vale a pena pensar sobre isso.

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10/01/2009

Capítulo II - O menino do pijama listrado

Essa história é relativamente nova, então, se eu pretendesse seguir alguma ordem cronológica, ela deveria aparecer lá no final, mas como escrevo aquilo que tenho vontade, vai essa mesmo.

Antes de contar a história preciso explicar uma característica minha.
Fora a alimentação, me recuso a absorver qualquer coisa que me cause dano.
Em outras palavras: eu como muita porcaria, mas não vejo, por exemplo, filme de terror, porque me tira o sono. É poluição mental, como eu costumo chamar.

Há alguns anos descobri que todos os fatos relacionados à 2ª Guerra Mundial me fazem muito mal.
Depois de assistir a vários filmes sobre o famigerado evento, de sofrer com as atrocidades provenientes do mesmo e me contorcer com a dor dos judeus, resolvi que não me submeteria mais a esta angústia.
A guerra já acabou. As pessoas já morreram. e o que eu tinha para aprender sobre a história toda, pelo menos para sustentar uma conversa de buteco sobre o assunto, eu já sei.
Então... chega de 2ª Guerra Mundial.

Agora que vai começar a minha história.

Alguns dias depois do meu aniversário, em 2008, fomos comer uma pizza com um casal de amigos muito queridos. Resultado: um presente.
- Um livro! Que ótimo! Eu adoro livros (é verdade)! Não precisava se preocupar (que coisa mais besta de se dizer)!
Olhei aquele livro com um título bem bonitinho. Tentei dar uma lida rápida nas orelhas, enquanto todos me olhavam, mas não consegui pescar o assunto. Não importa. Livro sempre é bom!
Terminamos a pizza, jogamos mais um monte de conversa fora (sobre os índios também) e nos despedimos.
Enquanto eu e o meu coadjuvante (nem por isso menos importante) voltávamos para casa, fomos conversando sobre o livro.
- Que legal né. Como eles são atenciosos. E eu adoro livros. Só espero que não seja nada so a 2ª Guerra! Seria muito azar!
- Ai amor, não quero dizer nada, mas pijama listrado tá me lembrando 2ª Guerra.
- Não, não. Era só o que me faltava, porque vou ser obrigada a ler o livro porque ganhei de presente. Da próxima vez que nos encontrarmos terei que comentar sobre o livro, senão fica indelicado. Não é não. Aposto que é sobre outra coisa.
Chegamos em casa.
Meu companheiro de berço foi até o banheiro (o que quer dizer que foi ler uma revista inteira enquanto eu espero no quarto) e aproveitei para começar a ler o livro enquanto isso.
É uma história narrada por um menino de 10 anos (acho que é isso). Ele começa contando sobre um jantar importante na casa dele, com convidados especiais.
Fala também sobre o "fúria".
E eu achando que o "fúria" era um cachorro. Sei lá. O que mais poderia ser?
Continuei lendo.
Silêncio total!
O "fúria" não era um cachorro. Simplesmente o menina não sabia falar Führer!
Isso mesmo. O próprio. A encarnação do mal. O diabo do Hittler.
Dei um pulo quando me conta disso. Fechei o livro correndo e larguei na cama como se estivesse repleto de aranhas. Senti vontade de chorar.
Que merda!
O livro era sobre o único assunto que eu detestava, que me fazia tanto mal que eu havia jurado nunca mais me interessar por nada que fosse relativo a ele.
Mas era um presente.
Os amigos eram (e são) tão queridos que eu jamais poderia deixar de lê-lo.
Merda²!
Dormi.
Uma semana depois precisei encarar o problema de frente.
Sentei na poltrona da sala e comecei a ler o livro.
Algumas horas depois fui obrigada interromper a leitura. Afazeres domésticos.
No dia seguinte me grudei naquelas páginas novamente e só larguei quando ele não tinha mais nada a me oferecer.
Êta livrinho bom.
Lá pelo final, acho que umas 10 páginas antes de acabar, dá um frio na barriga quando a gente percebe o que vai acontecer.
Quase morri de chorar. Soluçava.
Mas valeu a pena.
Apesar do assunto, AMEI o livro.
É que o menino consegue narrar fatos da guerra sem sequer tocar nos nomes que nos trazem tanta informação ruim.
Tô esperando a Ana crescer um pouco para oferecer o livro a ela.
Acho que é uma boa contribuição.

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09/01/2009

Ó vida... ó azar

Um belo dia resolvi ser blogueira.
Comecei meio de brincadeira, mas acabei gostando mesmo do negócio.
Sabe aquela velha história de que a gente tem que escolher um trabalho que faça com prazer, algo que, além de lhe render uns trocados, lhe dê satisfação?
Pois é. Eu não acreditava mais nessa conversa (juro que sou pisciana). Tinha um emprego que me garantia um salário razoável e uma frustração imensa. Mas, é a vida.
Aí criei um blog meio de brincadeira, porque ouvia e lia várias pessoas falando sobre blogs e no começo não tinha nem idéia do que era isso.
Por sorte, tenho um super namorado que é um grande artista e me presenteou com um design legal pro blog.
Então, apesar de estar apenas começando, não tinha uma cara de coisa amadora.
Ficou bonito e, principalmente, era um espaço para eu expor as coisas que penso. Um lugar para escrever tudo que fica na minha cabeça e chega a me tirar o sono.
Várias vezes cheguei a levantar da cama lá pela meia noite, descer e ligar o computador para escrever sobre algo que me corroía a mente.
Postar aqui é, em muitos momentos, uma prioridade na minha vida.
Comecei engatinhando e, confesso, ainda ando em passos cambaleantes.
Na tal da blogosfera descobri muita coisa, li palavras que nem imaginava que existissem e corri atrás do significado delas primeiro com a ajuda do Google, depois contei com a colaboração de blogueiros mais experientes.
Agora descobri a tal da Campus Party 2009, um evento que engloba tudo que está acontecendo no mundo virtual. Novidades, personalidades, troca de conhecimento e experiência.
E, pasmem!
Participei de um concurso no site da Abril e ganhei o ingresso para a Campus Party 2009.
Ótimo.
Que nada.
O ingresso é só uma parte.
O evento acontece em São Paulo, de 19 a 25 de janeiro, e eu preciso de dinheiro para chegar lá e para sobreviver durante a semana toda.
Fácil, se eu não estivesse desempregada.
Portanto, se alguém tiver alguma idéia criativa (e lícita) de como eu posso levantar a grana necessária para me tornar uma blogueira com "B" maiúsculo... comente, por favor.

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04/01/2009

Somos bichos

Se você está lendo este post, muito provavelmente pertence à mesma espécie que eu.
A espécie dos que tem acesso à internet, dos que sabem ler e escrever, dos que se preocupam em adquirir informação porque possuem a noção do quão importante ela pode ser, dos que dispõem de tempo para usufruir das novas tecnologias, daqueles que pensam, no sentido de que isso corresponde a avaliar riscos e fazer escolhas.
Parabéns!
Por um determinado motivo que eu ignoro, mas pode ser geográfico, financeiro, político ou social - ou todos eles juntos - você não faz parte da espécie de homens (e mulheres... e crianças... e idosos) que nasceram em meio ao caos e foram usurpados de qualquer chance de viver de forma digna, saudável, ao menos razoavelmente condizente com a satisfação das necessidades básicas de qualquer ser humano.
À eles (os da outra espécie) tudo foi negado, desde o princípio.
Atividades que consideramos banais lhes foram reprimidas.
Enquanto escolhemos o melhor restaurante de acordo com a nossa vontade do dia, eles não comem.
Fazem isso não para ficar em forma, mas porque lhes falta comida.
Enquanto deitamos em camas macias, aconchegantes, eles nem dormem.
Não por distração, mas por que existe uma ameaça de que suas casas (talvez prefiramos chamar de tocas) sejam explodidas no vazio da noite.
Eles não assistem televisão nem vão à escola.
Seus meninos não jogam futebol nos terrenos baldios, mas empunham metralhadoras que matam de verdade.
Eles não vão ao cinema. Vão à guerra.
Suas mulheres não fazem compras ou vão à academia, nem trabalham fora de casa ou se dedicam à cursos de artesanato para preencher o tempo enquanto os maridos não voltam do trabalho.
Suas mulheres simplesmente choram a angústia da dúvida de que os companheiros talvez nunca voltem. Depois elas secam as lágrimas e lutam pela sobrevivência dos filhos.
Por que mãe é mãe em todas as espécies.
Eles parecem bichos lá do outro lado do mundo, mas são feitos da mesma matéria que nós. Possuem características físicas iguais e, segundo especialistas, somos considerados da mesma espécie.
Eles são selvagens, e nós?
Somos apenas bichos de estimação.

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02/01/2009

Eu não vou perder pra soja!

Há alguns anos me embrenhei por este terreno inóspito da alimentação saudável e decidi aderir à soja.
Preparei com toda dedicação e carinho alguns temperos, nada muito exótico (já comentei que tenho paladar infantil?), apenas o básico da cozinha tradicional. Cebola, alho, tomate... essas coisas.
Por fim, a tal da Proteína de Soja Higrolisada, em pedaços médios.
O resultado?
Nem me lembro.
Faz muito tempo que adotei o método auto-protetor de deletar da memória grandes catástrofes protagonizadas por mim.
Passaram-se anos até que meu pobre organismo, já completamente intoxicado por uma dieta capaz de emrubescer Obelix, suplicasse, quase sem forças, por combustível saudável. No mínimo, adequado a uma expectativa de vida condizente com a realização de parte dos projetos que venho cultivando.
Marquei para hoje a transição.
Adeus ano velho, feliz ano novo.
Carrinho de supermercado em mãos... me deparo com uma velha conhecida. A tal PSH.
Resolvi lhe dar mais uma chance.
Talvez ela tenha mudado.
Enfim, eu mudei, já amadureci bastante (talvez meu paladar não seja mais tão infantil).
Mas achei por bem investir em algo menor, como experiência. Apostei em pedaços pequenos.
Voltei para casa feliz e, como quem sente a alma leve por ter perdoado um deslize de outro, me dediquei a temperar a soja.
P.Q.P.
Tem gente que não muda mesmo!
Tróço ruim.
Comi até o fim, consciente de que tudo na vida é uma questão de prioridades e, consequentemente, escolhas.
Ou você é feliz ou você é saudável.

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