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27/08/2009

Alguém traz o Renoir de volta, por favor


Não sei vocês, mas eu quero ser feliz.
Não que eu seja infeliz. Em geral, minha vida tem transcorrido muito bem, obrigada.
Mas, em alguns momentos, sou tomada por uma sensação aterradora de tristeza.
Basta avistar um apetitoso quitute hipercalórico para que a sirene da depressão dispare e eu me divida entre o prazer de comer e o prazer de vestir.
Mas, porquê?
Eu me pergunto, por que, diabos, não dá pra ser feliz gorda?
Por causa dessa sociedade de merda que me obriga a almejar uma calça 38 como quem anseia por uma vaga no céu.
Ah! Como eram felizes as mulheres de Renoir!

O famoso pintor francês que viveu entre o final do século XIX e início do século XX, retratava suas divas em plenitude da forma.
Roliças, voluptuosas, carnudas, curvilíneas, consistentes, rechonchudas... mulheres reais.
Adoravelmente reais.
Invejavelmente reais.
Desincubidas da hercúlea tarefa de manter o peso abaixo de valores naturalmente humanos, as fofinhas de Renoir podiam despir-se tranquilamente.


Confiantes da sua real beleza, não conheciam o Photoshop e não identificavam por um número, ou nome, cada novo buraquinho que lhes surgia nas coxas.
Não suavam em academias e não desmaiavam de fome.
Não cometiam o sacrilégio de rejeitar um saboroso prato de comida, doce ou salgada, nem recitavam de cor a tabela calórica com todos os alimentos imagináveis incluídos.
E por falar em calorias... como são deliciosas!
Cristo! Eu não sei quem criou os dinossauros (outra hora explico isso), mas quem inventou as calorias, com certeza, foi o diabo.
O coisa ruim provavelmente jogou sobre as mulheres a maldição das calorias para vingar-se dos chifres.
Agora, compadecido com nosso sofrimento, começa a dar ares cansado nos permite uma leve esperança de que dias melhores virão.
A revista norte americana Glamour, especializada no universo feminino, experimentou recentemente a inédita reação de centenas de fãs que, ao se depararem com uma simples fotografia, manifestaram toda a sua admiração e, inclusive, gratidão à revista e ao objeto da foto.
O objeto em questão é, nada mais nada menos, que a modelo Lizzi Miller. E o motivo de todo o seu sucesso nas páginas da Glamour é, simplesmente, sua barriga.
Isso mesmo.
SUA barriga.
Não a barriga de um tratador de imagem mestre nos segredos do Photoshop.
A barriga de Liizi é normal. Como a minha. Como a de praticamente todos vocês.
E eu, como os leitores da revolucionária revista, há muito tempo não me sentia tão bem diante de uma imagem.



É quase um Renoir!



24 pensamentos:

Phil disse...

As do Renoir eu aprecio. Só não pode ficar igual as do Botero.

Fer disse...

Perfeito post! :0)

disse...

Oiiii ;)
Obrigada pela visitinha e elogio!

Pois é, eu sou contra essa coisa de padrões também..quem disse que aquele jeito é o certo, né?!
É um assunto complicado...


Beijão.

Sabrina Barcelos Corrêa disse...

Aix...que maravilha ler isso depois de ontem.
Sabe aqueles dias em que a gente sente estar com 100Kg acima do peso, pois é, foi ontem.
Realmente esse é um dilema que muitas vezes pode ser tornar um problema.
Valeu...ótimo post.
Beijus

Anônimo disse...

PERFEITO!!!

Bjos

Anônimo disse...

Mas que post magnífico, vc disse tudo que eu penso.

Eu vivo em dieta e tenho crises de abstinências terríveis...

ontem mesmo nao aguentei e comi um pacote inteiro de biscoito wafer =/

que vida dificil....

abs

Vanessa Lee disse...

Minha situação tá tal que até entrar numa calça 44 me deixaria mto feliz! hahahaha

Unknown disse...

Gordinhas?Gosto muito.Quem gosta de osso é cachorro e arqueólogo.

Anônimo disse...

Olá, Maitê!
Obrigada pela visita ao meu blog e pelos desejos de 'feliz aniversário'!
Seu blog também é muito interessante e vou acompanhá-lo!
Com relação ao seu post de hoje, é mesmo muito complicado ter de seguir um padrão de beleza raquítico, como o que a mídia nos prega o tempo todo. Eu mesma já tive alguns problemas por conta disso. Mas, hoje em dia, não me prendo tanto à estas questões e tento ser feliz e saudável como sou. Alimento-me bem, na medida do possível, e faço atividades físicas, tudo na medida, sem exageros. Creio que se libertar desse estigma do corpo perfeito seja o primeiro passo pra ser completamente feliz consigo mesma! Não é?

É isso!

Um super beijo,
Géssica

Laura Peruchi Mezari disse...

Ótimo post... ainda mais que o li na TPM, naqueles dias que nos achamos horríveis!
Bjs!

Maite Lemos disse...

Viu!
Se todo mundo concorda, pq q a gente não se convence e se conforma com os quilinhos extras?

Anônimo disse...

selo pra vc la no eu blog

bjo

Larissa Saram disse...

Oi Maite! Tudo bem?
Queria te agradecer pela visita e comentário no meu blog!
Quer dizer então que Malcolm Gladwell é realmente tudo aquilo que mostrou na entrevista da Veja!?Eu estou muito curiosa para ler qualquer coisa desse cara e graças ao seu comentário, começarei pelo Ponto da Virada. Depois te conto se gostei,tá!?

Esse teu espaço aqui é muito bacana! Parabéns! Vou te linkar lá no pensadeira,ok!?

Um beijo

Unknown disse...

Querida Maitê,

Que prazer ler o teu texto! Por acaso (ou melhor, por destino, energia ou sei lá o que, por que não acredito no acaso) eu ia escrever sobre a mesma coisa. Mas farei melhor: indicarei o link do seu blog no meu já que vc exprime tão bem tudo que queria dizer. Seja sempre muito bem vinda na minha página. passarei aqui pra te ler também!

beijos

Thaís

MoizaCARTUNS disse...

Pow... e, mesmo com barriguinha, Lizzi Miller é bonita pacas, hein?

Eu, realmente, não entendo essa obsessão da sociedade pela magreza. A magreza não é bonita! Pior, tira tudo o que é bonito numa mulher: a saúde, as formas. Sei lá...

Grande Renoir!

Abraços o/

Maju Rezende disse...

Oi, Maite

parabéns pelo post. Seus textos estão a cada dia mais "deliciosos", sem trocadilho. :)

Bjo

Alestrela disse...

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BJUUUUS

Anônimo disse...

To participando de uma capmanha "Post Roubado"

Roubei um post seu ;)

dá uma olhadinha lá no meu blog e depois participa tb.

bjoka

Maite Lemos disse...

Mitti,

Obrigada pelo selinho. E pelo post roubada tbm. É uma honra.


Larissa, Tatá e Alestrela,

Valeu pela visita, gente.


MoizaCARTUNS,

Vc tem toda razão. Mas... vai entender...


Majuzinhaaa,

Que honra receber a tua visita!
Saudades, menina.


Para todos,

Bjnhos

a_girl_feeling disse...

Essa foto realmente deu o que falar! Mas, o mais importante é que faz a gente pensar e reavaliar a nossa postura diante da ditadura da beleza/magreza! Muuito show seu post! bjsss

Unknown disse...

Adorei o texto, pois tu te lembra de mim né?sempre fofíssima, sigo igual e até mais fofinha!! Realmente a mídia é cruel com as gordinhas, queria saber pq a moda dita que as belas mulheres são as magérrimas e não as normais? e pq sempre as roupas mais bonitas só existem em tamanhos pequenos? Temos que mudar estes conceitos, o negócio é qd vamos conseguir fazer isso?bjokas amei o texto!!

Anônimo disse...

UMA MULHER DE VERDADE

Eu a amei a primeira vista,
Não a maneira adolescente
E infantil de se amar a primeira vista,
Mas a maneira contemporânea e madura
Se de amar a primeira vista.
Eu a amei porque ela é virgem,
Não estou falando de uma menina com flores no cabelo,
Estou falando de uma mulher madura,
Com todos os atributos de ser mulher.
Sim, ela é virgem de estética artificial e bisturi,
Ela é mulher feita com toda herança genética
Que uma mulher possui.
Eu a amei tanto, e não me farto de amar essa mulher real,
Essa mulher que se deixou em minha cama,
Com seu corpo lindo igual às mulheres de Renoir.
Eu a amei não porque ela era desse ou daquele jeito,
Eu amei tanto, porque ela é mulher real
E possui a leveza de quem está em paz com seu corpo.
Ela me amou de luz acesa, se deixou nua sobre os móveis
E andou nua pela casa.
Eu vi seu corpo nu, sua alma, seu pensamentos, seus sonhos,
Seus sentimentos, suas sensações suas suspeitas e seu coração.
Nunca tinha visto uma mulher tão nua, tão livre,
Tão leve e tão feliz por ser ela mesma.
Eu a amei por isso, eu ainda a desejo por isso...
Ela esta vestindo as roupas, eu a contemplo ainda nua,
E estou aponta de implorar fique mais uma noite,
Eu fique eternamente ou então me mata de saudade.
Não posso perder essa mulher
Por causa tempo de sexo casual
Que não compromete o coração e que me impede de ser feliz.

HERMINIO VASCONCELOS
J.NUNEZ

O IMPARCIALISMO: POESIA PARA O NOVO CONTEXTO

esse poema é para mulheres igual a voce. ADOREI SEU BLOG

Anônimo disse...

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