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17/11/2008

Orgulho

Era um menino normal (mas não comum), destes que gostam de correr, brincar, aprontar.
Principalmente aprontar.
Aprontava tanto, que foi parar em um colégio interno ainda pequenininho.
Talvez ele justifique esta atitude dos pais como demonstração de consciência da importância de uma boa educação, já que o tal internato era considerado o melhor colégio da região.
Sem dúvida era uma boa opção de ensino. Só questiono a precocidade do fato, apesar de suspeitar que a resposta fosse a preocupação do casal frente às vidraças de vizinhos quebradas pelo garoto e mais uma série de peraltices destas que as crianças de hoje, alienadas pelo computador, por sorte (ou azar) só conhecem mesmo graças às histórias dos avôs.
Ele se pendurava no trem que cortava a cidadezinha só para sentir a emoção de pular antes que o mesmo pegasse embalo suficiente para tornar a ação impossível de ser realizada.
Isso que era emoção.
Saia no domingo de manhã para ir à missa e, acompanhado sempre por sua turma (ou seria melhor dizer gangue?), desviava o caminho até a beira do rio, arrancava as roupas e se jogava nas águas traiçoeiras até que alguém gritasse que o pai já havia lhe descoberto e estava a caminho.
Isso que era aventura.
Enfim, mesmo admitindo que o internato dos padres da pequena São Ludgero tinha quase um caráter de FEBEM, pois a maioria dos meninos considerados "casos perdidos" acabava sendo enviada para lá pelas famílias desesperadas, faz questão de lembrar que todos eles, mais tarde, obtiveram êxito na vida, tornando-se profissionais respeitados, muitos até com grande destaque em suas áreas de atuação.
Também ele seguiu este caminho.
Apesar das dificuldades econômicas da família, formou-se Engenheiro Civil.
Hoje, o pequeno menino que se escondia embaixo da cama para escapar das surras do pai é homenageado pela AREA (Associação Regional de Engenheiros e Arquitetos) como o Profissional do Ano.
Eu, como filha, posso seguramente dizer:
Isso que é orgulho.

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13/11/2008

Cores



Tranquilamente se relaciona cores com sentimentos e emoções.
Já é amplamente aceito que as cores têm influências em nosso estado emocional, interferindo no comportamento de cada um.
A atração que sentimos por determinadas cores ajuda a identificar traços da nossa personalidade.
Qual a sua cor preferida?
É exatamente no momento de responder a esta pergunta que surge minha grande dúvida.
Não faço a menor idéia da minha cor preferida, pois acredito que a resposta se refere a uma preferência que, no mínimo, reflita uma determinada época de nossa vida, quando não, toda nossa existência.
Acontece que a minha preferência por essa ou aquela cor sofre alterações quase que diárias.
Gosto do rosa. Às vezes claro, antigo, discreto. Às vezes forte, choque, eletrizante, fluorescente.
Gosto do verde. Menos aquele mais cítrico.
Gosto do azul. De preferência o marinho (que até outro dia eu odiava). Jamais o clarinho (que eu gostava tanto que ainda anda pelas paredes do meu quarto).
Acho que não gosto do roxo, mas não tenho certeza, porque até ontem eu gostava.
Gosto do amarelo agora. Bem forte.
Gostava do marrom. Não gosto mais.
Também não gosto mais do cinza. E não sei o que dizer em relação ao bege (nude).
Troquei o preto, que eu amava, pelo branco, que eu amo agora.
Ainda não gosto do laranja mas, como ninguém é de ferro (e a moda não perdoa), já me afeiçoei ao coral.


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Será que eu não tenho personalidade?
Será que é só uma fase de confusão emocional?
Principalmente... Será que passa?

Fiz este teste das cores e gostei do resultado. Fechou comigo.

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10/11/2008

Pobres crianças

Por favor, digam se estou louca.
A Educação Infantil é uma área que, assim como a medicina, muda constantemente.
Teorias aceitas incondicionalmente caem por terra num piscar de olhos.
Aquilo que em um momento se entende como certo, passa a ser questionado no momento seguinte.
Práticas que integram o dia-a-dia dos pais e educadores há muito tempo, de repente perdem o valor ou, o que é pior, se tornam condenáveis.
Acho isso saudável, apesar de que, confesso, me guio mais pelo bom censo do que por teorias.
Exatamente por isso estou preocupada.
Prega o meu bom censo (pelo menos aquele que eu acredito que tenho) que crianças devem ir para escola para aprender coisas saudáveis. Coisas que venham a acrescentar em seu crescimento individual e social.
Devem ser estimuladas a desenvolver características positivas.
Aí que mora a minha dúvida!
Tem sido prática recorrente aqui na minha cidade, especialmente em um bairro, as crianças em idade escolar (principalmente na 4ª série, o que corresponde a, mais ou menos, 11 anos) serem levadas pelas professoras, com o auxílio da Polícia Militar, até uma rodovia movimentada que nos liga ao município vizinho para parar os carros que passam e pedir alguma contribuição, a fim de auxiliar na festa de formatura das mesmas.
Os carros passam devagar, param, as pessoas abrem os vidros sorridentes diante dos pequeninos e, geralmente, sacam alguma moedinha.
As crianças agradecem satisfeitas sob o olhar orgulhoso das educadoras.
Cristo!!!
Me desculpem por despir tal situação de qualquer graciosidade.
Mas a verdade é que nossas crianças estão aprendendo a pedir esmolas.
Eu não aceito.
E você?

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06/11/2008

Meu doce aquário

Como pode o peixe vivo viver fora da água fria?

...

Não sou destas pessoas que levam a interpretação de signos tão a sério.
Mas confesso que costumo considerar este fator na hora de analisar e avaliar alguém.
Por exemplo, dou desconto ao comportamento ciumento de uma amiga se eu sei que ela é do signo de escorpião. Faz parte.
Baixo a bola diante de um sagitariano. Melhor evitar o conflito.
Procuro não pisar na bola com um taurino.
E assim por diante.
Acontece que todas as minhas considerações astrais são fruto de convivência e observação.
Não leio sobre signos.
Não tenho paciência para isso.
Já confessei por aqui que sou do signo de peixes.
Sei que fica meio chato escrever isso, mas o tal ser aquático é, sem dúvida, o melhor de todos do zodíaco.
Sensível, amigo, de mente e coração abertos.
O único problema é que tamanha sensibilidade e a boa receptividade ao novo as vezes desbaratinam a cabeça do pobre pisciano.
Atordoados com tantas possibilidades neste mundo que se recicla a cada dia, pode ser que percamos o rumo.
E é por isso que eu digo que uma das melhores coisas que me aconteceu nesta vida foi encontrar meu aquário.
Um lugar seguro e confortável onde eu me desenvolvo. Cresço.
E o melhor de tudo nesta história é que eu não to falando de um aquário qualquer.

PASMEM!

To falando do Philippão.
Aquele ser que me atura há mais de 6 anos (inclusive nos períodos de TPM) e que eu já naum sei mais se chamo de namorado, noivo, marido, amor ou tampa da minha panela.
O dito cujo, além de ser lindo de morrer, educado e talentoso, ainda é aquariano.
Me achei.

Ainda bem que ele me achou também!



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