A primeira versão da novela Cabocla foi ao ar em 1979.
Nesta época eu tinha apenas 1 ano de idade, portanto só posso concluir que o meu grande sofrimento foi gerado por uma reprise da novela. Vale a pena ver de novo.
Eu tinha uns 4 ou 5 anos. Não sei bem.
Eu não costumava assistir novelas. Minha mãe não deixava. Permitia apenas que víssemos o primeiro e o último capítulo de cada novela.
Você deve estar pensando que, com 5 anos, isso até que é razoável.
O problema é que ela manteve esta regra até quase os 18.
Voltando ao Fábio Jr...
Ele e Glória Pires representavam o par romântico da novela Cabocla.
Como a reprise passava durante a tarde, eu não podia sentar para ver a novela inteira, mas sempre que a televisão estava ligada eu dava uma espiadinha, principalmente se o galã estive na tela.
Era apaixonada por ele.
Acontece que eu tenho poucas lembranças desta idade, mas me recordo nitidamente do dia em que Fábio Jr. e Glória Pires se casaram NA NOVELA.
Eu sei que nessa mesma época os dois também casaram na vida real. Mas só tomei conhecimento disso anos mais tarde.
Enfim, ao ver a cena do casamento da cabocla Zuca com Luis Jerônimo - o meu Luis Jerônimo - eu chorei tanto, mas tanto, tanto, que meus olhos incharam e a dor ficou gravada em minha memória até hoje.
Tudo, menos casar.
Eu já havia percebido o namorico dos dois na tela da TV. Mas daí à casar, é bem diferente.
Mas a história não acaba aqui.
Corri para o quarto e lá amarguei minha dor de cotovelo como uma adolescente precoce.
Todos da casa vieram me amparar.
Tentavam me consolar alegando que era "apenas novela". Mas da mesma forma que eu lembro do momento de dor ao assistir o casamento do Fábio Jr., lembro também das risadinhas falsamente contidas de meus familiares diante do meu sofrimento que, provavelmente, julgavam ridículo.
Lembrem que eu tinha entre 4 e 5 anos.
Passavem a mão em minha cabeça e, por cima, se entreolhavam achavam tudo engraçado.
Acho que foi essa lembrança que me fez começar a contar esta história aos quatro ventos.
Não admito virar piada pela boca dos outros!
Como se livrar de um flanelinha
Há um ano
3 pensamentos:
uau..
tô de cara com sua história.
tão pequenina e já apaixonada?? é, não existe idade pra essas coisas não...
o mais paia é rirem de você. levo as crianças bem a sério. apesar de não aguentar crianças chatas. mas se chegam com um assunto como esse pra mim vou encarar como se fosse algum adulto me falando. afinal, é muito mais sincero e verdadeiro que um adulto..
gostei!!
Maitê querida, naquela época o Fábio e a Gloria eternizavam a felicidade,que época linda!
Bjs.
Janeisa
isso tudo porque eu não tinha nascido ainda.
Tá bom amor, chega de me achar, vou confessar. O primeiro homem que me fez chorar na televisão foi o Cirilo do Carrossel. Pobre Cirilo, sempre menosprezado pela Maria Joaquina, me cortava o coração o pobrezinho apaixonado pela menina mimada que o menosprezava. Pronto, falei.
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